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quinta-feira, 29 de março de 2012

O PODER DA MÍDIA ILUSIONISTA E OPORTUNISTA

     Ao abrir a página do O Globo digital, hoje, deparo-me com um artigo sobre Chico Anysio. Lá, usa-se o título de "Um autoretrato inédito de Chico Anysio", onde se lê neste artigo um texto deste artista, reportando-se à idade de 11 anos.
     Como quase tudo que Chico desenvolveu, tal texto é profundo. Faz várias abordagens sobre a vida de uma criança de origem pobre, mas com várias nuances próprias de um período como o da criancice.
     No entanto, reparei que o artigo refere-se a Chico como se ele tivesse sido pobre, muito pobre, o que não é verdade. Segundo li, sua família chegou a ter (ou ser) muito importante na cidade em que ele nasceu. Temos muitos exemplos de explorações sentimentais neste sentido. O maior e mais conhecido deles é o de Jesus Cristo.
     De outro modo, com relação aos filósofos e intelectuais de todos os tempos, a maioria deles - quase a totalidade - não era e nem foi pobre. Uma rara exceção é a de Sócrates. Mas os demais são originários de famílias ricas e poderosas, o que lhes proporcionou o acesso a estudos em instituições importantes e famosas em cada uma das épocas da existência de cada um desses filósofos ou intelectuais cujos trabalhos conhecemos em nossos dias.
     Um dos aspectos mais negativo que observo e constato em nosso cotidiano, é a prática, principalmente, por parte da imprensa e, também, daqueles envolvidos em criações de qualquer tipo de espetáculo, novela, reportagens e afins. É a exploração do sensacionalismo sentimental. 
     Em geral, explora-se esse aspecto de forma exagerada e distorcida, na maioria das vezes transformando o personagem ali existente em  elemento muito mais importante do que, na realidade, o seja. Vejo isso com muita frequência nesses programas dominicais, comandados por apresentadores  famosos. É quase que um padrão global (e não estou me referindo ao famoso 'padrão Global'. que todos conhecem e ouvem falar).
    Daí que cheguei à conclusão de que o fator emotividade é usado para manipular o cérebro das pessoas, quando essas não se apercebem disso e são iludidas a acreditar naquilo que eles queiram que as pessoas acreditem e se deixem levar por esse tipo de exploração, digamos, inconscientes, com que fim, só eles sabem.
     Mas é claro que outras pessoas também o sabem. Só que o numero delas em relação às outras, podemos considerar como ínfimo, impedindo que estas consigam esclarecer, mostrar e conscientizar àquelas outras, da exploração midiática e absurda pelas quais estão sendo ludibriadas premeditadamente. Ou seja: são convencidas pelo 'inconvencível'.
     Penso que talvez seja por isso um dos porquês das muitas mazelas que existem por aí, mazelas essas que transformam o mundo e a vida das pessoas desse mesmo mundo em transtornos, sofrimentos, desgastes vários...enfim, em uma verdadeira vida vegetativa a qual, pelo tempo, todos se adaptam, se acostumam e, assim
...vegetam.
     

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