Os tempos atuais estão se tornando muito diferentes dos tempos antigos. É muito comum, hoje, as famílias se dispersarem, indo cada um para o seu lado.
Antigamente havia o que chamavam de patriarca ou matriarca familiar. Eram aquelas pessoas (homem ou mulher) que comandavam suas famílias tomando todas as responsabilidades para si, comandando todas as ações necessárias para a manutenção e conservação delas. Mas hoje já quase não se vê essa figura. E as razões disso são muitas mas não irei aqui relatá-las, poupando o tempo do leitor.
Desde o finalzinho de Janeiro eu estou em Aracaju. Vim do Rio de Janeiro para passar alguns dias nessa cidade, com intenção de alguns dias depois deslocar-me para a cidade de Lagarto, aqui mesmo em Sergipe, para rever outros parentes que lá residem e foi onde a minha família se iniciou.
Em Aracaju estou na casa de uma prima carnal, Maria de Lourdes, prima por parte de pai e que já é uma septuagenária com saúde para dar e vender a quem quiser.
Esta mullher - ou seria esta senhora? - é o que popularmente se chama de "pau para toda obra", cuidando dos seus afazeres domésticos sozinha, de Domingo a Domingo, sem esmorecer por nenhum instante, tendo o histórico de ter criado e formado oito filhos, sendo que a partir de uma data, ficou viúva mas não esmoreceu em sua responsabilidade como mãe e cumpriu todas as tarefas pertinentes à essa condição.
O interessante nisso tudo é que depois de enviuvar, teve que assumir o controle da fazenda da família, o que antes ficava a cargo do marido, respondendo por todas as medidas que eram necessárias e/ou apareciam no decorrer da gestão dos negócios da fazenda. E isto fez por vários anos até desfazer-se dela porque a idade já lhe pesava e já lhe trazia dificuldades para continuar com tanta responsabilidade.
No decorrer dessa gestão unitária que teve que executar, toda Sexta-Feira dirigia-se à fazenda ao volante de seu próprio carro, ficando lá até Domingo, quando voltava à Aracaju, isso após deixar todas as instruções necessárias ao vaqueiro, para a manutenção do gado que lá existia, bem como todas as tarefas pertinentes ao serviço de uma fazenda.
Mas ela tinha como hobby, produzir dois tipos de queijos que ela mesma executava após o vaqueiro deixar à sua disposição os litros necessários para que ela fizesse tais queijos para levar para a cidade, onde os consumia ou repassava para amigos e vizinhos que compravam o excedente que ela levava para casa. E fez isto por muito tempo.
Dois detalhes chamavam à atenção: o primeiro é que ela, costumeiramente, permanecia na fazenda de forma isolada pelo período que ficava lá; o segundo detalhe é que a fazenda era um lugar ermo, sem luz e água, sendo que esta era recolhida das calhas que haviam ao redor do telhado da casa da fazenda e depositadas em cisternas ao lado da mesma e serviam para consumo em banhos ou lavagens de diversos utensílios. Sendo que para beber ela levava garrafões de água potável.
Vou aqui tomar emprestado uma frase que costuma ser pronunciada pelos personagens que participam do programa do Raul Gil, que têm o nome de "Para quem você tira o chapéu?" , onde uma pessoa que lá comparecesse, lhe era mostrada uma série de chapéus onde haviam os nomes de celebridades e esta pessoa, por decisão própria, retirava ou não o chapéu para aquela a qual o nome constava no interior do chapéu, e que depois era mostrada pelo apresentador.
De minha parte, mesmo sendo muito suspeito para prestar uma homenagem à tão estimada pessoa, me sinto na obrigação de homenageá-la e afirmo em alto e bom som para todos e para o mundo: Para a minha prima Maria de Lourdes, eu tiro o chapéu, sim !!!
Antigamente havia o que chamavam de patriarca ou matriarca familiar. Eram aquelas pessoas (homem ou mulher) que comandavam suas famílias tomando todas as responsabilidades para si, comandando todas as ações necessárias para a manutenção e conservação delas. Mas hoje já quase não se vê essa figura. E as razões disso são muitas mas não irei aqui relatá-las, poupando o tempo do leitor.
Desde o finalzinho de Janeiro eu estou em Aracaju. Vim do Rio de Janeiro para passar alguns dias nessa cidade, com intenção de alguns dias depois deslocar-me para a cidade de Lagarto, aqui mesmo em Sergipe, para rever outros parentes que lá residem e foi onde a minha família se iniciou.
Em Aracaju estou na casa de uma prima carnal, Maria de Lourdes, prima por parte de pai e que já é uma septuagenária com saúde para dar e vender a quem quiser.
Esta mullher - ou seria esta senhora? - é o que popularmente se chama de "pau para toda obra", cuidando dos seus afazeres domésticos sozinha, de Domingo a Domingo, sem esmorecer por nenhum instante, tendo o histórico de ter criado e formado oito filhos, sendo que a partir de uma data, ficou viúva mas não esmoreceu em sua responsabilidade como mãe e cumpriu todas as tarefas pertinentes à essa condição.
O interessante nisso tudo é que depois de enviuvar, teve que assumir o controle da fazenda da família, o que antes ficava a cargo do marido, respondendo por todas as medidas que eram necessárias e/ou apareciam no decorrer da gestão dos negócios da fazenda. E isto fez por vários anos até desfazer-se dela porque a idade já lhe pesava e já lhe trazia dificuldades para continuar com tanta responsabilidade.
No decorrer dessa gestão unitária que teve que executar, toda Sexta-Feira dirigia-se à fazenda ao volante de seu próprio carro, ficando lá até Domingo, quando voltava à Aracaju, isso após deixar todas as instruções necessárias ao vaqueiro, para a manutenção do gado que lá existia, bem como todas as tarefas pertinentes ao serviço de uma fazenda.
Mas ela tinha como hobby, produzir dois tipos de queijos que ela mesma executava após o vaqueiro deixar à sua disposição os litros necessários para que ela fizesse tais queijos para levar para a cidade, onde os consumia ou repassava para amigos e vizinhos que compravam o excedente que ela levava para casa. E fez isto por muito tempo.
Dois detalhes chamavam à atenção: o primeiro é que ela, costumeiramente, permanecia na fazenda de forma isolada pelo período que ficava lá; o segundo detalhe é que a fazenda era um lugar ermo, sem luz e água, sendo que esta era recolhida das calhas que haviam ao redor do telhado da casa da fazenda e depositadas em cisternas ao lado da mesma e serviam para consumo em banhos ou lavagens de diversos utensílios. Sendo que para beber ela levava garrafões de água potável.
Vou aqui tomar emprestado uma frase que costuma ser pronunciada pelos personagens que participam do programa do Raul Gil, que têm o nome de "Para quem você tira o chapéu?" , onde uma pessoa que lá comparecesse, lhe era mostrada uma série de chapéus onde haviam os nomes de celebridades e esta pessoa, por decisão própria, retirava ou não o chapéu para aquela a qual o nome constava no interior do chapéu, e que depois era mostrada pelo apresentador.
De minha parte, mesmo sendo muito suspeito para prestar uma homenagem à tão estimada pessoa, me sinto na obrigação de homenageá-la e afirmo em alto e bom som para todos e para o mundo: Para a minha prima Maria de Lourdes, eu tiro o chapéu, sim !!!
Também tiro o chapéu pra pessoas como ela, e como tal tenho uma na minha eterna convivência.
ResponderExcluirUma Pernambucana de muito valor e raça, chamada Dona Isabel: minha MÃE!
Valew! Abs
Moisés Marinho