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quarta-feira, 13 de julho de 2016

REFLETINDO

   Às vezes sinto certas sensações de mal estar, como se fosse um deslocamento qualquer, coisa sem explicação, que me faz desacreditar de tudo e de todos nessa vida. Felizmente é coisa passageira, por poucos segundos, onde fico me perguntando o que é ou o que há?
   Mas também, por possuir uma verve observadora da expressão alheia, vejo as pessoas externarem certas inconveniências comportamentais, digamos, coisa que também me incomodam. Porque quase sempre estão ligadas ao que elas dizem "espiritual". E seja lá o que isso queira dizer, mas todos o bem sabem, é coisa inexplicável.
   Oras, em mais de meia dúzia de vezes neste espaço, já fiz afirmações sobre tais questões. Onde faço reparos a essa circunstância dita "espiritual". Porque fica mais fácil a essa gente, escudar-se nessa situação, evitando confrontar-se com a verdade, nu a e crua, da vida, isto sim.
   O real desconhecimento da origem da humanidade, o ser humano em si, é, com certeza, o objeto principal desse tipo de comportamento. Porque do que se tem conhecimento de tal origem, a principal delas é sob a religião. E até mesmo a própria ciência ainda não conseguiu definir, bem como decifrar, tal origem, sendo tal questão muito discutida entre todos os que vivem nesse planeta, a Terra.
    No entanto, do que já li, ouvi, vi e vivi, não necessariamente nessa ordem, a doença numa pessoa é um, ou é o, fator mais importante para quebrar a coragem, o orgulho, ou seja lá o que for, para uma pessoa manter-se com toda a sua altivez, diante da nossa realidade existencial.
    Quase sempre nessas circunstâncias, uma pessoa se coloca sob a rígida imposição da vida. E são raríssimas aquelas que não se rendem de forma alguma, mantendo o seu ar de controle nessas situações. Quase sempre esse tipo de pessoa não possui e nem segue nenhuma religião.
    Mas também há aqueles que dizem que uma pessoa não tem e não segue nenhuma religião, até esbarrar numa doença qualquer, que a faça sentir-se perigando em sua existência, aí ela vai recorrer ao poder misterioso, como o fazem as demais que são religiosas. Tudo isso é de uma complexidade extrema.
    E a diferença entre essas pessoas é só um pequeno fator: a determinação. Porque para aquele que se atemoriza à vida, ou às suas circunstâncias, fica mais fácil ceder à dúvida à própria existência, acreditando numa outra vida após a morte, como é o caso daquelas ditas religiosas.
    Mas aquelas que se mantém firmes no descrédito religioso, estas não se abaterão em nenhuma dessas circunstâncias. Porque não acreditam em vidas após a morte, bem como que tudo termina aqui mesmo nessa vida. E o que interessa, apenas, é fazer uma reflexão se daquilo que viveu, foi bom ou ruim para si, e mais nada.
    E esta é a situação desse autor, eu. Já tive doenças, já passei por situações de horror e de perigo, já vivi tudo que uma pessoa sexagenária viveu. E tenho para mim que a vida é isso o que está aí e mais nada. Não chego a me preocupar se existe ou não outras vidas. Se irei para o Céu quando morrer. Só sei que a vida que levo, não me dá nenhuma preocupação em ter que ajustar contas com algo ou alguém, quando sair dela. E isso é o que penso ser suficiente. O resto? Oras, só saberei se ou quando chegar lá. E fim. 

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