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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

2 DE NOVEMBRO, DIA DOS MORTOS

     
    2 de Novembro.
    Este dia representa uma efeméride não muito agradável. Isto porque comemora-se (?) o dia de todos os mortos da humanidade. Daí que fará com que muitos lembrarão daqueles de suas famílias que já morreram.
    E como esse nosso presente nos surpreende diuturnamente, também é um dia que alguém (ou alguns) conseguem ganhar dinheiro nele. Não se perde a oportunidade de jeito nenhum.
    Começa pelos ambulantes que vendem flores e velas nas periferias dos cemitérios, estendendo-se por aqueles que, com enxadas e brochas, recuperam as sepulturas nos interiores em seus interiores. Capinam e pintam lápides, respectivamente.
    O fato infeliz é ver gente que vai ao cemitério rezar para seus mortos, pai e mãe principalmente, mas que durante a vida, pouco ligou para eles. Alguns até os trataram mal. Sem contar os que mandaram seus velhos para os asilos, sem dó nem piedade.
    Mas também existem os que manifestaram carinho extenso pelos pais e parentes e amigos que já se foram. E mesmo após morrerem ainda são respeitados e homenageados por estes. São poucos, claro.
    No entanto, um fato as pessoas não atentam. Ou não consideram. Após a morte de alguém, os restos mortais não representam nada. É claro que não se vai jogá-los a ermo.
    Mas essa valorização em referendá-los naqueles locais, não é necessário. Tal gesto pode ser feito em ou de qualquer lugar. Apenas com a mente voltada para eles, numa concentração que, se for verdade que todos nos transformamos num espírito, estejam onde estiverem, saberão das intenções de cada um que se proponha a tal.
    É lógico que esse tipo de entendimento e gesto só se dá pela perspectiva de que nós, ao morrermos, ou após, iremos para outro lugar. O céu, ou o inferno, como se pensa. Em particular não tenho esse mesmo credo. Mas, claro, não serei contra àqueles que os têm.
    Há a religião espírita que tenta explicar isso, mas de uma forma subjetiva, haja vista que só a uns raros, os médiuns, é dada a chance e possibilidade de se comunicar com um espírito, um desses mortos. Mas aí entra a dúvida. Por quê só a uns é dado tal condição ou até mesmo tal privilégio?
    Penso que nem devo perder tempo com tais discussões. Aproximo-me muito dos que são considerados como agnósticos, que entendem que não se deve perder tal tempo com tal circunstância. Daí que deixo os mortos onde eles estiverem. Seja lá onde for. E bem quietinhos e tranquilos. Para que não venham puxar a perna de ninguém. Principalmente se causaram algum mal ou até a morte de um deles.

   Em tempo: há algumas décadas atrás, esse dia era considerado fúnebre. Nada funcionava, até mesmo o rádio só tocava músicas pesadas, ligadas a esse mesmo dia. As pessoas levavam com muito zelo a homenagem aos mortos. Mas hoje tudo mudou. É e está bem diferente de outrora. São os ditos tempos modernos. Mas também demonstra a frieza humana, muita acentuada, então.     Em tempo 2: a saudade de um ente querido falecido, não pode e nem deve ser lembrada só nesse dia. 

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