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quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

QUANTO MAIS MUDAMOS, MAIS CONTINUAMOS OS MESMOS

     A bem da verdade, com o início de um novo ano, se todos nós pudéssemos, mesmo, mudaríamos as nossas concepções. Pelo menos as que nos atrapalham e até nos trazem situações antagônicas para as nossas vidas. 
     Então, abandonaríamos todas as coisas que nos atrapalharam, nos causaram problemas, aborrecimentos e aporrinhações. Mas não é assim. Não irá mudar quase nada na vida de ninguém com tal passagem do tempo.
     E mesmo que Freud vivesse nestes tempos de hoje, é bem provável que não conseguisse explicar tal situação. Não saberia dizer o porquê dessas dificuldades de mudarmos, buscando coisas boas e novas para as nossas vidas com a mudança de um ano para outro, como aconteceu agora.
     E pegando-se o exemplo de um vício qualquer que possuímos, ele se torna difícil de ser abandonado porque em geral criamos batalhas contra ele. Não processamos a mudança de forma sutil, querendo virar tudo de repente,  que se torna uma guerra na vida daquele que passa por isso. 
     Ora, do jeito que adquirimos o vício, seja lá qual foi, que entrou em nossa vida de forma lenta, assim também deve ser feito ao contrário, buscando livrar-se dele. Mas é fundamental não guerrearmos com tal situação. Mas, infelizmente, as pessoas se deixam levar por radicalismos. Aí é onde encontram as dificuldades para vencer tais situações.
     E como a nossa vida é praticamente um vício, porque fazemos as coisas de forma crônica e perene, também fica difícil mudarmos os nossos comportamentos do cotidiano. Então, quase nunca conseguimos nos livrar daqueles que nos prejudicam, nos fazem mal ou nos atrapalham.
     Desses tempos modernos, com relação às coisas que nos causam dificuldades, é bom saber que o envolvimento simultâneo e automático com muitas coisas, é a causa das nossas maiores encrencas na vida. E, geralmente, nem temos a necessidade disso. Não precisamos nos envolver com certas coisas. Estas até podem esperar um outro tempo para nos preocuparmos com ela.
     Enfim, as situações aqui criadas, mostram o quanto é paradoxal a nossa existência nessa vida. Queremos ser uma coisa mas sempre seremos outra, salvo raríssimas exceções. E feliz é aquele que consegue ser o que é, sem máscaras, escamoteamento, etc. e tal. Mas tenham certeza de uma coisa: quando se é autêntico, verdadeiro, quase sempre atrai antipatias e/ou animosidades. Faz parte! Diria aquele BBB famoso.

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