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quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

UM UNIVERSO DE LAMA

     O tal de "baú de surpresas" da vida não cessa nunca, de propiciar à população brasileira as tais de notícias desagradáveis. Desta vez foi a nomeação para o cargo de Ministra do Trabalho do governo Temer, de Cristiane Brasil, deputada federal, que é filha do também ex-deputado federal Roberto Jefferson, um dos criminosos do "mensalão do Lula", que curtiu prisão há pouco tempo atrás.
      E para reforçar tanto absurdo tupiniquim, o suplente dessa deputada, que ocupará sua vaga na Câmara de Deputados em Brasília, é Nelson Nahim (PSD-RJ), irmão do ex-governador Garotinho, que também é um dos envolvidos em muitos casos de corrupção, saindo da prisão, mesmo que temporária, também há pouco tempo atrás.
      Este suplente também tem ficha criminal, onde foi preso em junho de 2016, incriminado em envolvimento em uma rede de exploração de crianças e adolescentes, sendo, portanto, um ex-presidiário.
      Sendo assim, todas as situações que envolvem grande parte dos políticos brasileiros, carregam lastros pesadíssimos, confirmando que o país está sendo comandado e governado pelo crime, onde até mesmo o presidente da república possui sérias acusações contra ele, envolvendo corrupção em grande escala, onde se verá em maus lençóis, assim que deixar o mandato atual que ocupa.
      Mas voltando ao início, tomar-se conhecimento de uma indicação como a de Cristiane Brasil é como se tomássemos um nocaute. Porque fica claro que seu pai, mesmo afastado do Congresso Nacional, ainda tem muito poder político no país. E como tem uma passado manchado de escândalos políticos, não deixa nenhuma dúvida de como anda a gestão pública brasileira.
      Num outro aspecto, há uma outra questão em jogo. Será que essa deputada possui condições suficientes para ser uma ministra de um país? Quais são os quesitos e requisitos que possui na vida profissional? Teria mérito para tal e para tanto? A grosso modo pode-se imaginar que o verdadeiro ministro, por trás dela, será, mesmo, seu pai.
      Todas essas indagações também podem atingir a muitos do que estão na gestão pública do país, porque, como sabemos, o fator QI, que quer dizer quem indica, é que se sobressai nessas horas e não a capacidade profissional daquele que é indicado, seja lá para o que for em indicação para um cargo público.
      E mesmo que não queiramos admitir que tais procedimentos viraram regra no Brasil, o nível de comprometimento com sujeiras é enorme por parte da grande maioria dos que estão nesse âmbito. E vemos diuturnamente através da imprensa, as muitas mazelas que produzem.
      Sendo assim, cabe mais uma indagação a todos: até quando teremos que admitir tais e tantos absurdos em nosso país?  Quem quiser, puder ou souber responde-la, que se apresente, por favor.

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