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quinta-feira, 24 de junho de 2021

UMA CANOA FURADA

      Uma das notícias que sempre alarmam a todos é a morte de alguém. Principalmente se for causado por suicídio. Um ato extremo por que não quer mais viver e fazer parte dessa vida e desse mundo.

    Claro é que isso possui um fator de espanto para muitos. Mas é provável que ninguém ficará indiferente com um ato como esse. Mas também, quase sempre, não há tanta busca em se entender o porquê disso. Quase sempre uma pessoa que comete um ato assim é considerada como fraca.

     Não se pode fazer prejulgamento a respeito. Até porque só o responsável de uma ação dessa sabe os motivos e razões por que o faz. Daí, é buscar entender, e aceitar, os fatos. Mas é fundamental sentir comiseração por seus autores. É o mínimo que alguém pode realizar nessas ocasiões.

     Dadas as circunstâncias pelas quais passamos, geradas pelo aparecimento desse maldito vírus, incrementada pela instituição da pandemia, e agravada pela implantação de uma quarentena infernal, mais causada por despreparo de seus autores e defensores, que fez com que as populações fugissem disso, ao invés de enfrentar com apuro, muita gente desesperou-se.

     Assim a coisa degringolou. Isso anda fazendo com que muitos busquem abreviar suas vidas, praticando esses atos horríveis, querendo abandonar suas existências, bem como sair desse mundo horrível que se estabeleceu entre todos.

     Salvo uns poucos, a maior parte das pessoas parece não se aperceber desse terror em que as nossas vidas se transformaram. Porque o que se assiste por aí, são ações malignas de muitos, que até se aproveitam disso para lucrar, indiferentes ao sofrer alheio.

     Tal percepção pode-se ter no âmbito político. Principalmente lá no Senado Federal, onde verdadeiros criminosos, com longo histórico de mazelas judiciais, perpetram atos covardes. Primeiro buscando atrapalhar a gestão do Presidente da República, mas também causando horrores com seus atos infames, atrapalhando as ações de quem está buscando resolver todo esse imbróglio.

     Mas o preocupante nisso tudo é ver e saber que boa parte da população do país parece ter perdido a noção do perigo que corre, sendo conivente com esses, ou até mesmo se omitindo de enfrentá-los. Não querem ver que quanto mais dificuldades andam criando, mais horrores andam produzindo para o desgaste e sofrimento das pessoas neste país.

     A racionalidade escafedeu-se nessa gente, porque a situação que passamos requer união e não cisão. Afinal, estamos no mesmo barco e se ele afundar, muitos perecerão. De ambos os lados que estejam.

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