Uma das coisas nunca desejadas por fim foi enveredar pelo âmbito político. Em nenhuma esfera. Até mesmo ser presidente de uma cooperativa e também ocupar o cargo de síndico. E isso, pode parecer um fato comum ou coisa fácil, mas não é, porque nem todo mundo possui características de liderança e poder. E isso é fundamental nesses aspectos.
Penso que muita gente que palpita sobre isso e aquilo, o faz sem conhecimento de causa. E isso é muito comum acontecer. Daí que, no meu caso em especial, caso tivesse alcançado um cargo de comando em algum lugar qualquer, quando recebesse uma crítica a respeito do meu desempenho nele, a primeira coisa que faria era a de buscar colocar o crítico no meu lugar, para que ele gerisse a situação que tanto critica.
Criticar é a coisa muito comum num humano. E é uma ação automática. Não se consegue medir nem pesar as circunstâncias, quando fora dela, e por isso é fácil criticar aquele que está no comando de alguma ação/empresa. Mas se lhe fosse oferecido o lugar que tanto aponta o dedo, por certo nem saberia por onde começar. É sempre assim.
Imaginem um cargo de Presidente da República. E até mesmo de um país como o nosso, o Brasil? Diria que noventa e cinco por cento dos que jogam pedra no atual presidente, não fariam nem igual ao que ele está fazendo. Mesmo que saibamos que não atingiu o patamar necessário e esperado para sua gestão.
Tomemos um exemplo bem específico: o do Rodrigo Maia. Será que ele, se cobrado a respeito, nos mostraria sua carteira profissional. Deixaria que víssemos seu currículo profissional? Onde trabalhou, o que fazia lá, dentre mais outros quesitos pertinentes?
Ora, Rodrigo Maia sempre viveu à sombra do pai, César Maia, ex-prefeito da cidade do Rio de Janeiro. Inclusive nem ele e nem o pai conseguiriam explicar como foi mandado para Nova York com a irmã, pelo temor do pai em vê-lo atacado por alguns, que os ameaçaram em sua gestão de prefeito.
Mesmo sendo um prefeito, César Maia não teria condições de manter dois filhos, já adultos jovens, numa cidade como N. York. Esse custo estava e sempre estará acima daquilo que aufere um prefeito de uma cidade como a do Rio de Janeiro.
Mas Rodrigo Maia foi lançado na política pelo próprio pai, que custeou e arrumou jeito de elege-lo. Tanto no plano regional quanto nacional, até que ele chegasse a presidente da câmara, lá em Brasília.
E situações como essas existem aos montes país afora. Até mesmo o Presidente Bolsonaro investiu pesado na eleição de três de seus filhos para poderes legislativos. Regionais e federais. Mas existem muito outros casos espalhados pelo país.
De relance é fácil citar certos nomes: Eduardo Paes, Rodrigo Betlen, Aécio Neves, Antônio Carlos Magalhães Neto, Lindenberg Faria, dentre muitos outros, que galgaram o âmbito político, sem possuírem nenhum conteúdo para tal. Mas esse meio funciona exatamente assim. Há uma retaguarda que lhes oferece todas as garantias de sucesso, mesmo sem que o mereçam.
E este é o país em que vivemos, o Brasil. Torto e envergado, desde 1500. O âmbito político brasileiro faz lembrar do período colonial. A existência de domínios familiares é um verdadeiro espanto. A herança política vai passando de pai para filho de forma quase perene. E o povão compactua com isso.
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