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sexta-feira, 21 de maio de 2021

VENTOS ALVISSAREIROS

      Mesmo que já tenha passado alguns dias dela, a manifestação ocorrida em Brasília no último dia 15 de Maio, destacou um fato que podemos dizer inusitado mas surpreendente, haja vista que uma manifestação como aquela, que grande parte da imprensa amarronzada dá a entender que até nem aconteceu, destacou-se pelo tipo de manifestante que esteve ali.

     Da época petista, era muito comum observar-se em qualquer das suas manifestações, gente ligada à área pública. Mais exatamente agentes/servidores públicos. Também sindicalistas e sindicalizados, que viveram aqueles tempos mercê da coisa pública. Isto é notoriamente sabido em demasia.

     Eventualmente via-se nelas também o que chamamos da gente sofrida desse país. Os que vivem também mercê do erário, esperando que tudo lhes caia do céu para sobreviverem. E ainda são abastecidos pelos vale-tudo, a começar pelas benemerências públicas.

     Mas surpreendentemente, naquela ocasião, quem esteve ali foi outro tipo de gente. Quase que especificamente os que vivem a pegar no pesado diuturnamente, alavancando o progresso e o sucesso nacional. Havia ali o pessoal ligado ao agro-negócio e aqueles que transportam as riquezas nacionais. Nos referimos aos caminhoneiros e transportadores em geral.

     Bom seria se não houvesse essas diferenças no apoio à regularidade institucional brasileira. O apoio a tudo o que se refere desenvolvimento social deve ser extremo e absoluto, sem fracionamentos. Tampouco beneficiamentos isolados.

      Seja quem for o Presidente da República, o que se quer é ver o povão apoiando os que estão voltados para ele. Sem nenhuma ressalva. Porque o que é bom para uns deve ser bom para todos. Mas isso não se vê, infelizmente. E o pior de tudo é observar-se pesadas refregas entre certos setores da sociedade, colocando a perder a coletividade necessária a um desenvolvimento extraordinário do país.

      Mas as coisas estão mudando nesses tempos atuais. Já se observa manifestações que visam à coletividade. E até brecar o crescimento daquilo que torna o nosso país inviável. É esperar que essa e tanta positividade só cresça, evolua. E em velocidade que acelere o crescimento do povo e do país, simultaneamente.

      Fechando isso tudo, há que se fazer um registro muito importante sobre a situação geral em nosso país. Todos, sem exceção, se acham donos das razões. Os limpos e os sujos. E são assumidos dessas suas condições morais. O problema é saber quem sairá vencedor dessa contenda. Se o país se limpará ou se sujará doravante e definitivamente?

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