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terça-feira, 17 de maio de 2016

UM EXERCÍCIO DE UTOPIA OU DE DESEQUILÍBRIO MENTAL, MAS NECESSÁRIO

    Com esse imbróglio extenso e pesado que estamos vivendo nesses últimos  tempos, com o impedimento da presidente Dilma e o acesso de Michel Temer ao cargo, bem como toda a discussão que incide sobre isso, seria bom praticar uns exercícios de futurologia, porque já andam falando em mudar o sistema de governo brasileiro para o tal falado Parlamentarismo.
    É bom lembrar que há mais ou menos cinquenta anos atrás já passamos por essa experiência. Mas ela não chegou a durar muito. Logo a seguir, tivemos a Revolução de 1964, onde os militares ocuparam o governo, permanecendo de 1964 até 1985, quando restituiu-se o Presidencialismo em nossa nação.
    E de lá para cá, a democracia vem um tanto quanto batendo cabeça, pelas diversas dificuldades que se nos apresentam, com a fragilidade dos presidentes que chegaram ao poder, onde todos eles, enfrentaram verdadeiras guerras em questão de tentarem os derrubar do poder através de processos de impedimentos.
    E foi assim que a D. Dilma, a última presidente desse rol, enfrentou uma disputa fervorosa de oposição, onde tudo descambou para o seu afastamento da presidência nesses últimos dias, pelo prazo de até 180 dias para enfrentar um processo que lhe determine impedimento em seguir no governo.
    É muito difícil, quase impossível, achar uma situação mais cômoda e objetiva para o povo brasileiro, no que tange a governos e a respectivos sistemas. Porque já os tivemos vários. Desde a época do descobrimento de nosso país pelos portugueses em 1500, passamos por vários deles, praticamente.
    E não há muitas perspectivas, no caso. Porque o problema básico que se observa e constata, é a questão da moralidade dos políticos que estão a disputar e assumir a gestão do país. E em todos os Poderes da República há desconfianças, onde se diz que eles, os três, são autônomos, mais isso não representa a verdade dos fatos, haja vista que é o Poder Executivo que detém a chave do cofre. Aí tudo fica mais fácil para ele.
    Mas é onde se vê uma grande problemática nesse sentido. Porque no caso do Poder Legislativo, se encontra o grande problema que é a corrupção no país. Porque eles buscam as verbas necessárias aos empreendimentos brasileiros, fazendo manobras das mais terríveis nos três planos de gestão do país. E o Poder Executivo participa dessas mesmas manobras.
    Assim, vimos formar-se um círculo vicioso. Onde não escapa quase ninguém em matéria de ilibação. E nesses últimos tempos, temos assistido a inúmeros escândalos nesse âmbito. E que os respingos disso atingiram em cheio o Partido dos Trabalhadores, bem como o Sr. Lula e a D. Dilma.
    A solução um tanto quanto utópica, diga-se, seria alijar-se quase a totalidade dos políticos que hoje estão aí se apresentando em todas as eleições no país. Tem gente que está há mais de cinquenta anos nesse processo. E tudo só tem piorado com o passar dos anos. Porque essa gente tomou conta de tudo. E lá no parlamento, legislam em causa própria, beneficiando-se de situações que o povo não possui, mas que só lhes resta uma só alternativa: arcar com o ônus dessa vergonheira.  
    Daí que seria necessário que pessoas decentes e realmente honestas entrassem nesse campo, para reverter todas as ações nefastas promovidas por esses que ainda estão aí. Recriassem a maior parte das leis que ora vigoram, bem como reestruturando totalmente o país, com novas estruturas e conjunturas. Sem nenhuma outra alternativa. Enfim, é como se criassem um novo Brasil. Partindo praticamente do zero.
    E antes que me classifiquem como um desequilibrado ou um louco varrido, vou encerrando esta matéria, mas deixando a quem quiser tomar frente desse processo, essa ideia talvez mirabolante, mas bastante razoável para ver o nosso país tomar o rumo que precisa.
    

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