Terça-Feira, 10 de Janeiro de 2017
PARADOXAL EXISTÊNCIA
A vida nesses tempos modernos é a coisa mais surpreendente. Sim, vivemos de uma forma que nos causa tanta surpresa, o que por si só já é muito interessante. Isto porque a velocidade é o fator principal da nossa existência. Na vida e no mundo.
E mesmo que tenhamos desenvolvido métodos, equipamentos, ferramentais e etc. para atender às nossas necessidades, a impressão que se tem é a de que tudo isso não adiantou quase nada nesse processo.
No artigo anterior, contei uma pequena epopeia que fiz, ao sair a passear com a minha motocicleta, pelas estradas de nosso estado, o Rio de Janeiro. E quem se afasta do centro urbano da cidade numa Rodovia Dutra, por exemplo,
após andar uns quarenta ou cinquenta quilômetros, verifica que a natureza é exuberante.
A partir de então, observa-se o quanto o mundo é estúpido. No caso, grande parte das pessoas. Porque amontoam-se numa determinada região, onde vivem de forma sofrível, enquanto que aquelas que estão nas áreas afastadas desse mesmo centro, tem às suas disposições, uma qualidade de vida muito melhor, partindo-se da premissa da tranquilidade e bem estar.
Uma das piores coisas a que um humano pode se submeter é ficar retido, engarrafado, num trânsito de uma grande cidade, sem outra opção, espremido num ônibus, ou até mesmo num carro, mesmo que estejam beneficiados pelo ar condicionado do veículo, mas estão dentro de uma caixa metálica, sob condições desconfortáveis, ao final das contas.
A pressão diária a que todos estão sujeitos num grande centro, é a causadora dos grandes males da sociedade atual. As doenças às quais estão sujeitos e submetidos, desgasta a todos. Bem como causa infortúnio em grande parte delas. Mas parece que ninguém observa tais fatos.
É claro que, ao final, o humano se acostuma com tudo isso. Bem como se adapta de uma forma direta e completa a tais situações. Por isso conseguem continuar vivendo num meio nocivo a elas mesmas. O que não deixa de ser, mesmo, surpreendente.
Já com as pessoas que moram em áreas bem afastadas da urbanização, as áreas ditas rurais, têm uma vida muito mais tranquila e melhor, sob todos os pontos de vistas. Mas, infelizmente, parece que a maioria não tem nenhuma percepção sobre isso. Daí viverem da forma como vivem, amontoadas, como já dito, nas cidades grandes, mais próximas das orlas marítimas do país.
Quem já andou de avião, saindo de uma grande cidade como a do Rio de Janeiro e São Paulo, pode muito bem observar como esse país é grande. E como ainda possui espaços verdejantes e desabitados. E também pode verificar esse processo de ajuntamento de pessoas em determinadas áreas do país, concentrando-se de forma absurda para viverem, no que classificam como um modo ideal.
E a vida é assim mesmo. E enquanto o ser humano achar-se e classificar-se como um ser inteligente, sempre alguém poderá afirmar que quanto a isso, cabe controvérsias. E muitas. Porque as pessoas que vivem nas pequenas cidades, possuem uma qualidade de vida muito melhor. Principalmente no aspecto da saúde e da tranquilidade. Mas, é claro, que alguns também apresentarão as mesmas controvérsias nessas situações. Durma-se com um barulho desses?
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