Há muitos anos atrás, ainda garoto, tive a oportunidade de entrar em dois presídios. Uma das vezes acompanhava uma equipe de futebol de salão do clube da rua em que morava e na outra, alguns anos depois, fui participar de uma festa junina, quando o grupo do qual fazia parte, foi dançar na festa do presídio.
Neste último caso o presídio era de elementos de pouca periculosidade. Mas no primeiro caso, não. Mas me recordo muito bem de algumas circunstâncias daquela época. A dificuldade de entrar naquele lugar, como também para sair. A vistoria foi criteriosa e específica, chegando até a me assustar.
Então, quando vejo, ouço, leio, não necessariamente nessa ordem, sobre todas essas mazelas nos presídios do país, onde os presos possuem em seu poder todo o tipo de coisas que não deveriam, remeto-me àqueles tempos passados. E pergunto-me o quê e porquê mudaram as coisas?
De imediato, já um sexagenário, e muito consciente e analítico, chego à conclusão de que um agente público brasileiro não possui a exata noção do que é ser um deles. Porque age de forma muito diferente ao que deveria agir. Principalmente em atrair para si um poder além do permitido. E assim, foge à essência da função/cargo que ocupa.
É fácil concluir-se que há conivência dos agentes penitenciários com os meliantes que ali estão encarcerados. Porque é inadmissível que numa vistoria nas celas, mesmo que em raras vezes, verifica-se a existência de coisas/objetos impertinentes àquela situação. Mas com bastante agravante nessas situações. Porque como é que pode um preso ter acesso, mesmo dentro do presídio, de celular,
facas, entorpecentes e afins?
Nesses casos, é claro que não se afirmará que a totalidade dos agentes participem disso. Claro que não. Mas quem não o faz, omite-se de denunciar tais revertérios. E até se entende tal posição em virtude do risco de vida que correm se o fizerem. Porque o crime é capaz de tudo. E tal situação em nosso país é quase que uma regra. Os bandidos nas penitenciárias não estão sob o rigor da lei e do regulamento previsto para tal e para tanto.
Talvez a única possibilidade que deveria ocorrer nessas situações, seria a de, no mínimo semanalmente, fossem feitas vistorias em todas as cadeias e presídios do país. E os agentes comprometidos com a criminalidade deveriam ser retirados do serviço imediatamente e substituídos por outros. E é claro que isso é um processo quase que inviável, convenhamos.
Por último, há que se analisar essa situação como algo estarrecedor. Porque um agente que é responsável por um preso, permitir-lhe ou conceder-lhe certas condições, é o fim da picada. Uma arma em poder de um deles, será a mesma arma que matará um dos agentes, ou vários, dos que ali trabalham. Isso é a coisa mais óbvia que se pode definir. Mas, infelizmente, parece que ninguém consegue ver as coisas dessa forma.
Assim, não sabemos até quando isso irá permanecer/existir em nosso país. Porque tal situação enquadra-se numa das afirmações populares muito conhecida: "É dar um tiro no próprio pé!"
Neste último caso o presídio era de elementos de pouca periculosidade. Mas no primeiro caso, não. Mas me recordo muito bem de algumas circunstâncias daquela época. A dificuldade de entrar naquele lugar, como também para sair. A vistoria foi criteriosa e específica, chegando até a me assustar.
Então, quando vejo, ouço, leio, não necessariamente nessa ordem, sobre todas essas mazelas nos presídios do país, onde os presos possuem em seu poder todo o tipo de coisas que não deveriam, remeto-me àqueles tempos passados. E pergunto-me o quê e porquê mudaram as coisas?
De imediato, já um sexagenário, e muito consciente e analítico, chego à conclusão de que um agente público brasileiro não possui a exata noção do que é ser um deles. Porque age de forma muito diferente ao que deveria agir. Principalmente em atrair para si um poder além do permitido. E assim, foge à essência da função/cargo que ocupa.
É fácil concluir-se que há conivência dos agentes penitenciários com os meliantes que ali estão encarcerados. Porque é inadmissível que numa vistoria nas celas, mesmo que em raras vezes, verifica-se a existência de coisas/objetos impertinentes àquela situação. Mas com bastante agravante nessas situações. Porque como é que pode um preso ter acesso, mesmo dentro do presídio, de celular,
facas, entorpecentes e afins?
Nesses casos, é claro que não se afirmará que a totalidade dos agentes participem disso. Claro que não. Mas quem não o faz, omite-se de denunciar tais revertérios. E até se entende tal posição em virtude do risco de vida que correm se o fizerem. Porque o crime é capaz de tudo. E tal situação em nosso país é quase que uma regra. Os bandidos nas penitenciárias não estão sob o rigor da lei e do regulamento previsto para tal e para tanto.
Talvez a única possibilidade que deveria ocorrer nessas situações, seria a de, no mínimo semanalmente, fossem feitas vistorias em todas as cadeias e presídios do país. E os agentes comprometidos com a criminalidade deveriam ser retirados do serviço imediatamente e substituídos por outros. E é claro que isso é um processo quase que inviável, convenhamos.
Por último, há que se analisar essa situação como algo estarrecedor. Porque um agente que é responsável por um preso, permitir-lhe ou conceder-lhe certas condições, é o fim da picada. Uma arma em poder de um deles, será a mesma arma que matará um dos agentes, ou vários, dos que ali trabalham. Isso é a coisa mais óbvia que se pode definir. Mas, infelizmente, parece que ninguém consegue ver as coisas dessa forma.
Assim, não sabemos até quando isso irá permanecer/existir em nosso país. Porque tal situação enquadra-se numa das afirmações populares muito conhecida: "É dar um tiro no próprio pé!"
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