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terça-feira, 3 de julho de 2018

ALGUÉM TEM QUE EXPLICAR O PORQUÊ DESSA SITUAÇÃO

     O período em que estamos, o da Copa do Mundo na Rússia, não deixa outra alternativa a não ser usar o futebol como assunto em grande parte das nossas articulações. E aí se inclui a redação de uma matéria para um espaço como esse. Mesmo que não seja assunto costumeiro e de gosto para este autor. Mas, vida que segue...
     Então, pode-se abordar sobre o atual futebol que se pratica no país. Que já foi considerado o melhor do mundo mas que hoje em dia não se sustenta nesse mesmo patamar. E as razões disso são muitas, a começar pela qualidade individual dos atuais jogadores, que não acompanharam a qualidade daqueles que atuaram há, no mínimo, duas ou três décadas atrás.
     Mas no tocante à seleção brasileira, é estranho observar-se um fato: o da presença de jogadores que só atuam no exterior. Poucos, ou raros, são os que estão jogando atualmente no país. E isto é, sem sombra de dúvidas, para ser abordado, mas, principalmente, para ser discutido por todos os que se interessam por futebol.
     Do que vi, li, ouvi e vivi, não necessariamente nessa ordem, sobre este esporte, tenho plena convicção de que no Brasil existem jogadores tão bons quanto esses que estão fazendo parte da seleção brasileira que ora disputa a Copa da Mundo. Mas já foi abordado por alguns jornalistas a respeito das ações dos empresários futebolísticos, que junto com procuradores dos jogadores, agem de forma a exigir a presença de seus representados na seleção.
     De forma muito pessoal, não tenho nenhum dúvida que se poderia montar uma seleção até melhor do que esta que nos representa no momento. Em nosso país temos pelo menos umas quarenta equipes que poderiam ceder jogadores para qualquer seleção que se pretenda montar para quaisquer competições internacionais de nossa equipe.
     Mas parece que os subterfúgios e os oportunismos, acrescidos de possíveis mumunhas, o impedem. Daí que formou-se um grupinho, ou uma patota. Enfim, uma relação de jogadores que poderíamos classificar como cartas marcadas, onde estes serão sempre convocados, em detrimento de outros que não fazem parte desse rol.
     E o interessante é ver que atualmente só um jogador, o Neymar Jr., é considerado o fora de série no universo de craques que representam o futebol brasileiro hoje em dia. Diferentemente dos tempos passados, onde uma seleção possuía vários deles ao mesmo tempo e não um só.
     Se apurarmos em outras seleções dessas épocas destacadas, veremos que no mesmo plantel havia vários outros jogadores de primeiríssima linha. Podemos exemplificar, por exemplo, na Copa de 1970, onde Pelé, Tostão, Rivelino e Gerson, dentre outros mais, situavam-se no mesmo patamar.
     Já em 1982, havia o Zico. Mas também Careca, Sócrates, Falcão, Toninho Cerezo e etc. Mas que se observe o seguinte: esses nomes citados, não possuem paradigmas nos jogadores desta atual seleção, abrindo-se exceção, apenas, para o Neymar Jr., o que, convenhamos, é muito pouco.
     Mas tivemos outros cracões que desequilibraram os jogos além desses já citados. Bebeto, Romário, Ronaldinho e o Ronaldão, dentre outros. Enfim, alguém tem que explicar o porquê dessa limitação nas convocações e escalações das seleções últimas selecionadas. E só de jogadores que atuam no exterior e não também os que atuam no mercado interno futebolístico.
      E cabe registrar o fato mais marcante que o futebol apresenta: conseguir descentralizar o mental das pessoas, fazendo-as agirem de forma quase que irracional na torcida de uma partida futebolística, a ponto de fazê-la esquecer até mesmo suas dificuldades de vida. É verdadeiramente impressionante.

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