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sexta-feira, 19 de maio de 2017

"O BRASIL NÃO É UM PAÍS SÉRIO": E NUNCA FOI E JAMAIS O SERÁ, PELO JEITO!

   No início dos anos sessenta do seculo passado, uma frase destacou-se no Brasil, dando conta de que, numa afirmação, o General DeGaulle teria dito  que o nosso país "não era um país sério". Mas tal coisa já foi explicada, chegando-se à conclusão de que a afirmação foi feita por um embaixador brasileiro lá na França, Carlos Alves de Souza Filho.
   De certa forma o embaixador foi muito feliz em sua afirmação porque muitos anos e várias décadas depois, tal afirmação caracterizou-se como uma baita verdade, em função das muitas coisas esdrúxulas que acontecem em nosso nele, principalmente nessas últimas décadas.
   O ambiente político brasileiro é uma verdadeira mixórdia, porque passa ano e entra ano e a situação não se sustenta de forma equilibrada e serena, causando ao país intabilidades diversas, a ponto de causar transtornos e sofrimentos à sua gente.
    E segundo a nossa história, tanta confusão remonta aos tempos do descobrimento do Brasil em 1500, por Pedro Álvares Cabral, que aqui chegou por puro acaso, provocado por desequilíbrio climático que fez com que ventos (ou a falta deles) o desviassem para nosso território. Nessa ocasião tanto fez, porque talvez fosse o destino de nosso país ficar submetido a causalidades e/ou casualidades.
    Daí que tais ocorrências ainda perduram até nesse nosso presente, porque o que acontece no Brasil é coisa terrível. De tempos em tempos somos sacudidos por acontecimentos que trazem sérios estragos à nossa nação. E isso já vem desde aqueles tempos.
    Passou-se aproximadamente um ano após uma situação delicadíssima enfrentada por todos, que foi o impedimento de D. Dilma Roussef, que foi defenestrada do poder nacional de forma rápida, concedendo a seu vice, Michel Temmer,  assumir o cargo, com pretensões que fugiram ao bom censo, quando se propôs executar mudanças radicais em alguns aspectos no país.
    Se ele teria o que chamam de "mandato tampão", deveria manter sobriedade e muita calma na condução do país. Mas não foi o que aconteceu. Propôs-se a implementar sérias mudanças nas leis trabalhistas e previdenciárias, causando um reboliço tremendo no país.
     Um outro aspecto a ser repensado era o de que não possuia respaldo popular para comandar o nosso país, haja vista que assumiu o poder numa situação especialíssima, o que fugia à normalidade constitucional brasileira. Mesmo que tivesse sido referendado pelo Congresso Nacional e o Superior Tribunal Federal, que homologou sua situação perante todos.
     E como a situação já vinha de forma cambaleante no que dizia respeito à corrupção e escândalos, ele enveredou pelo mesmo caminho. Vários de seus ministros e auxiliares possuíam e possuem lastro ruim, dentro daquelas mesmas situações, fazendo com que angariasse para si muitas contradições e revoltas.
     Mas parece que ele resolveu desconhecer a tudo isso. Tentou impor-se, tomando medidas pesadas, sob muitas oposições, mas não contava que a situação fosse degringolar-se como aconteceu nesses últimos dias. O seu telhado era tão de vidro quanto a de sua antecessora. Mas o mais grave, sua conduta também não era lá diferente daquelas que os governos anteriores praticaram em matéria de ilegalidades e corrupção.
     Então, é o que estamos vendo aí sob nossos olhos, de novo. O país submetido à condições nefastas, atravessando momentos de tensões várias e diversas, a ponto de se poder prever sérios acontecimentos. E não seria nenhum exagero de se imaginar que podemos passar por sérias circunstâncias, das quais já vimos acontecer no país em décadas passadas: a intervenção militar.
     O que assusta nesse caso é o grau de sujeiras às quais nos submetemos nesses últimos anos, com a chegada do Partido dos Trabalhadores ao poder. Desde seu início, todos acompanhamos o caso do Mensalão, que emendou com a Lava Jato, mas que agora espalhou-se de vez por vários outros assuntos, gerando a confusão que estamos assistindo nesses últimos três ou quatro dias de nossas vidas.
     Então, voltando ao início dessa assertiva, o embaixador brasileiro lá na França em 1962, anteviu ou pressagiou tudo o que estamos vivendo nesse nosso presente no país. Daí surgir uma pergunta que não quer calar: será que ele usou uma bola de cristal para fazer aquela afirmação?

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