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terça-feira, 2 de maio de 2017

QUEREMOS O QUÊ?

    O fato que mais me aborrece e incomoda é quando vejo no noticiário um parente de alguém que foi assassinado dizer que "aconteceu com o meu parente, mas pode acontecer com o seu ou com você".
    Ora, é o cúmulo do absurdo e do óbvio. Tudo acontece com todos o tempo inteiro. A diferença é que quando é com pessoas desconhecidas, os demais nem se importam, só o fazendo quando tal acontecimento se dá com eles ou aos seus. Isso é imperioso.
    E nesses tempos modernos isso vem se agravando. A frieza e a indiferença anda prevalecendo em quase todas as situações que acontecem nesse nosso cotidiano. Infelizmente.
    O paradoxo dessa situação consiste no fato de que o ser humano se acha e se considera inteligente. Daí o espanto. Porque a cada dia que passa a situação piora. E pode-se observar isso com tranquilidade, apenas ao passar por uma rua qualquer e ver as residências cercadas de grades.
    As pesquisas dão conta de que o crime cresce, já alcançando número absurdo, a ponto de se dizer que em nosso país, o Brasil, anda morrendo mais gente do que nas guerras que se dão no mundo nesses nossos dias. E isto é altamente estarrecedor e inaceitável.
    Mas parece que as população ainda não caiu na real sobre tal situação. E muito menos as autoridades do país. Porque não se vê nenhuma medida prática para por fim a tanto descalabro. Também pudera. Essa gente que está na gestão pública parece só ter uma preocupação e um objetivo: desviar dinheiro público para contas nos vários paraísos fiscais espalhados pelo planeta.
    Um país como o Brasil, completo de todos os recursos naturais, poderia e pode proporcionar a seu povo as melhores condições de vida do planeta. Mas, infelizmente, não há a  consciência exata no povo para isso. E a primeira circunstância é saber e ver que poucos se aplicam no trabalho produtivo. Adora-se feriados.
    Mesmo que tenhamos algumas nações desenvolvidas para nos espelharmos, ainda não o fizemos. Enquanto isso, elas seguem em frente, progredindo ao extremo e nós ficamos para trás, sofrendo e fazendo mazelas de todos os tipos e modos. Queremos o quê?
   

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