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sábado, 30 de setembro de 2017

"CONVERSA FIADA PRA BOI DORMIR"

     Por mais que não se queira manifestar e, principalmente, expressar pessimismo, não há como se ter outro comportamento, em cima das coisas que estamos vivendo e vivenciando em nosso país e, mais exatamente, no Rio de Janeiro, onde se pode constatar que o crime praticamente exerce o poder e o comando das ações.
     E para quem ainda não caiu na real e não percebeu tais circunstâncias, foque nas notícias diárias nos muitos órgãos informativos do país. É só corrupção, roubalheira, desrespeito, violências e tudo aquilo que possa justificar má ação no comportamento de um humano nessa vida. Já quase não se recebe notícias positivas e alvissareiras nesse nosso dia a dia.
     Daí que ao se tomar conhecimento de que as tropas federais deixarão a favela da Rocinha, deixando de exercer a pressão que era necessária no combate aos criminosos daquela região, pode-se muito bem deduzir que as famosas "forças ocultas" do Jânio Quadros, exerceram suas pressões nessas circunstâncias.
     O Ministro Jungman poderia nos poupar de tanta incompetência, dando lugar a alguém com mais capacidade de resolver tais imbróglios, porque essa situação é muito mais grave do que possamos imaginar. E não há outra alternativa a não ser acabar com ela. Mas para isso há que se promover ações rígidas, não dando margem a que os bandidos migrem para outras favelas, continuando a exercer o crime na cidade.
     Já há quem sustente que todas essas manobras feitas pelas autoridades envolvidas nessas situações, foram no modo daquilo que dizem "só para inglês ver", porque o número de prisões e apreensões de criminosos e armas foi ínfimo, de acordo com o que a imprensa noticia diariamente em suas matérias.
     Mas quando se vê o histórico geral do pais, onde Presidentes da República, Ministros, políticos, agentes públicos diversos envolvidos em crimes, tramóias, corrupção e que tais, não se pode acreditar que tenhamos plena justiça no país nesses tempos atuais e doravante. O descalabro institucional alcançou patamares inimagináveis, para quem quer acreditar na justiça e na legalidade de uma nação.
     Em resumo, estamos numa situação daquelas que chamam de "a Deus dará", e seja lá o que isso queira dizer, mas todos o sabem, estamos em sérios perigos. E semana passada ouvimos certos burburinhos partidos de alguns militares brasileiros, o que pode ser, sim, a concreta solução para se mudar esse estado de coisa absurda que se instalou no país há pelo menos uns trinta anos.
     Fiquemos, pois, em vigília, e na torcida de que algo aconteça positivamente, para colocar, de novo, a nação nos rumos da "ordem e progresso", como está exposto na bandeira do Brasil.

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