Existe uma afirmação popular que é usada quando alguém não quer saber de nada e nem de ninguém: "não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe!".
E por que isso agora. Oras, apenas para declarar que esta eleição do dia de ontem, 29.11.2020, foi a última em que votei. Isto porque logo no início de 2022 alcanço a idade septuagenária, adquirindo o direito de não votar mais, obrigatoriamente.
Alvíssaras! Que fardo retiro de cima dos meus ombros, porque tal obrigatoriedade entra em choque com o que acontece em boa parte do mundo, onde os cidadãos não têm a obrigatoriedade do voto.
Óbvio que a estrutura política em quase todo o mundo define uma formação parlamentar, também executiva, onde se criam leis e se administra a coisa pública. E na esfera da democracia isso requer eleições periódicas para escolha desses membros.
Ocorre que em nosso país, o Brasil, formou-se situações exageradamente esdrúxulas, com os políticos eleitos criando um só formato de estrutura que é a do benefício próprio. E isso acarreta um custo altíssimo e é despejado sobre o cidadão comum, que só assume ônus e nenhum bônus.
Assim fica tudo muito fácil. Para eles, é claro. Porque para a população, que vê seus direitos colocados em planos inferiores por quase todos eles, não há nenhuma outra alternativa a não ser submeter-se a tais e tantos abusos. E desrespeitos.
Mas um dia isso terá que ter fim. De um jeito ou de outro. E ao meu jeito, não mais votando em ninguém, terá que se arrumar uma maneira para resolver tal questão. E que pode ser tranquila, passiva. Ou então de forma truculenta. E este último caso todos sabemos quão doloroso é.
Para quem vota desde o ano de 1970, do século passado, não fez, não faz e nunca fará diferença alguma caso a situação permaneça, com a gentalha que adentrou e ainda adentra o âmbito público político brasileiro.
E nessas últimas três décadas a coisa degringolou-se sobremaneira, a ponto da Justiça estar sobrecarregada de processos contra milhares de malfeitores. E o próprio Superior Tribunal Federal também está nesta mesma situação.
Contudo, esse órgão maior da Justiça Nacional já anda metendo os pés pelas mãos, arvorando-se em legislar, invadindo seara alheia e passando por cima das próprias leis que tem que preservar e defender. E as reclamações sobre isso já estão em demasia por muitos.
Mas felizmente estou livre disso, doravante.
*Em tempo: faz-se necessário um exercício do povão em toda e qualquer eleição: a conscientização. Escolher criteriosamente o seu candidato, colhendo dele o que possui de melhor em capacidade, retidão, correção e mais outros quesitos necessários para ser um bom legislador e/ou executivo público.