Um dia desses assisti a um vídeo onde uma família registrava a entrega de um óculos especial ao filho, um garoto nos seus treze ou quinze anos, que não conseguia distinguir as cores que nos cercam.
Pelo jeito ele nem era um daltônico porque estes apenas confundem certas cores ao visualiza-las. No caso do meninote, ele possuía maiores dificuldades. E isso deixou muito claro ao colocar os óculos e fixar o olhar no horizonte.
E seu pai colocou-se em sua frente com quatro ou cinco bolas plásticas, aquelas de soprar e de aniversários. Havia nesse conjunto várias cores que fizeram com que ele se emocionasse de forma profunda, causando o mesmo àqueles ao seu redor.
Além disso, caminhando alguns passos mais além, começou a ver as diferenças das muitas cores que compõem a natureza. E nesse caso, para quem teve a primeira oportunidade de tais identificações, tornou-se um fator de alta relevância para o jovem.
Sua emoção descontrolada, mas aceitável, era surpreendente e contagiosa, no bom sentido, é claro, porque alguém que possui desvantagens naturais físicas, sabe muito bem o que é isso.
Infelizmente o ser humano, de um modo geral, não tem a percepção de se colocar no lugar do outro. E por mais que force nisso não conseguirá alcançar a amplitude daqueles que possuem uma deficiência física qualquer. Até mesmo mínima. Por isso as distorções comportamentais entre todos.
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