Oficialmente o Carnaval está cancelado em terras tupiniquins. Contudo será mera ilusão saber que isso não vigorará de forma plena e absoluta. É esperar para ver. O brasileiro é nato e inato em insurgência. Principalmente a social, onde quase sempre desrespeita quase tudo. Não fosse desse jeito e estaríamos num patamar melhor de cidadania.
Nos bons tempos, aqueles vividos de trinta anos apara trás, a população brincava o carnaval de forma diferente do que brinca hoje. Era muito comum os chamados "blocos de sujos" ocuparem as ruas nos dias de momo. Eram pessoas fantasiadas de tudo quanto era jeito. Mas sem muito ou nenhum luxo, apenas o suficiente para se divertir a valer.
Pode-se considerar tal exposição como saudosista, mas de antemão se afirma que é realmente isso, porque a modernidade avançou em muitos aspectos mas regrediu em outros. Muitos hoje em dia dizem que o Carnaval é para pessoas de situações privilegiadas se comparadas com o que se brincava antes.
As próprias escolas de samba mudaram suas características originais, talvez motivadas e estimuladas pela televisão, que encontrou um filão em transmissões de desfiles de escolas de samba. Também com a criação dos "Sambódromos", restringiu em muito o acesso daqueles que chamamos de "pobres".
Mas voltando ao início, que ninguém se preocupe por ausência de carnaval onde estiver, porque sempre haverá gente para criar um bloco e sair pelas ruas sambando e cantando como antigamente.
Grande parte da população pode até não desacreditar dessa gravidade virótica que atinge a todos, mas o inconsciente delas determina que não se pode deixar de lado uma diversão como o Carnaval. Então, prepare sua fantasia, seja ela qual for, e aguarde passar o primeiro bloco, e entre nele. Divirta-se a valer. Mas cuide-se para não correr risco de contaminação do vírus maldito.
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