Há certas situações nessa vida que por mais nos esforcemos não as conseguimos nem a perceber. E a Humanidade quase inteira tem procedimentos que em boa parte das vezes traz inconvenientes a ela, sem que os percebam. Isto talvez seja possível explicar pelo subconsciente. Mas e quem é que vai se preocupar com essas coisas? Poucos, é claro.
Também vai-se adquirindo certos comportamentos, e também condicionamentos, que acabam por levar a todos por caminhos indefinidos, insólitos e indecifráveis. Haja tempo de vida vivido e a viver. Talvez Pavlov, em suas teses, tenha a exata explicação para tudo isso.
Dessa forma, peguemos a situação atual que estamos atravessando, com o exercício e prática da quarentena, e por forças circunstanciais mudou quase que todos os comportamentos e condicionamentos humanos nesses últimos tempos, fazendo uma alteração quase que imperativa nas ações humanas no mundo todo, ou quase.
Seria, ou será, uma boa oportunidade para uma profunda reflexão de todos, ou pelo menos da maioria, no sentido de aproveitar tais choques comportamentais, fazendo-nos enveredar por caminhos não antes andado. E o Carnaval seria um bom exemplo.
Mesmo causando grandes contrariedades em muitos, é bom refletir que essa efeméride pode até ser favorável a muitos. Mas traz dissabores, contrariedades, sofrimentos e prejuízos, porque é uma época de puro deleite, mas inobservância de muitas coisas que não poderiam serem relaxadas. E a saúde é a principal delas. Também a própria segurança das pessoas.
Não há nenhuma dúvida que ao passar esse período, o do Carnaval, quando as enquetes costumeiras começarem a surgir e aparecer, todos os índices de violências, tragédias e mortes, cairão de uma forma abrupta. E isso refletirá a prática da estupidez e da ignorância de muitos em não se conterem em suas ações arbitrárias, precipitadas, inconsequentes e imprudentes. Também irresponsáveis.
Claro é que se sabe que promover uma mudança tão profunda em certos aspectos do viver humano é uma empreitada quase que inócua. Porque tudo já está tão enraizado no ser de todos, que é quase nula tal intenção.
Mas que consigamos colher ensinamentos do que estamos vivendo nesses últimos tempos, conseguindo alterar, nem que seja um pouco, os absurdos que viemos praticando até aqui. E que esta mudança se dê. Mesmo que lentamente, doravante.
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