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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

DE VOLTA ÀS CONJECTURAS (E COMO GOSTO DELAS)

     Em Julho de 2012, navegando pela Internet, deparei-me com um site chamado Recanto das Letras (www.recantodasletras.com.br), onde há todo o tipo de material literário que alguém possa imaginar que exista.
     Lá, a maior parte dos trabalhos publicados estão voltados para a verve romântica do ser humano. São poemas, versos, frases, pensamentos, enfim, tudo o que possa expressar o sentimento de uma pessoa.
     Mas há também contos, artigos e crônicas de diversos temas e teores, onde cada um dos autores expressa o que lhe vêm à mente e/ou
quer transmitir ao seu próximo, através das letras.
     Quem acompanha os meus trabalhos neste espaço, sabe muito bem que meus artigos são, às vezes, contundentes, irreverentes, ácidos, pesados e críticos. Porque busco expressar tudo aquilo que sinto, mas que também observo no comportamento alheio no nosso cotidiano, como sempre ressalto em alguns deles.
      É óbvio que o meu trabalho foge um pouco da suavidade que todos buscam quando acessam aquele site. É que, simultaneamente, transfiro para lá os mesmos artigos que aqui desenvolvo, e que lá classifiquei como crônicas.
      Apesar de não ter uma frequência de leituras nas quantidades que gostaria de alcançar, já tenho mais de 4.300 delas. Inclusive com mais de uma centena de comentários, onde quase que a totalidade é de manifestação positiva a respeito do que lá publiquei, o que causa-me muito regozijo por ver o meu trabalho receber apoio de quase todos.
       E eu gostaria de estar errado nas minhas assertivas, e voltar-me para artigos ou crônicas de temas mais suaves, mas não há como mudar, enquanto as mazelas humanas extrapolarem todos os limites aceitáveis do bom senso. E é isso que faço, apresentando o que observo, analiso e constato no meu dia a dia nessa vida.
       Mas uma das coisas que mais me preocupam hoje em dia é ver as pessoas reclamarem de tudo. Mas não as vejo buscarem mudar tais estados de coisas. Até muito pelo contrário. A cada dia que passa, observo o envolvimento de um numero maior de pessoas em atitudes ilegais e desonestas. Sendo que vejo, também, um grau muito alto de indiferença nas pessoas, o que classifico de omissão, para as mazelas crônicas que estão por aí, razão pelas quais eu imagino que nem tão cedo teremos soluções para os graves problemas com os quais nos deparamos em nossas vidas, sejam em que sentidos forem.
         Por fim, assisto as pessoas falarem muito de Deus, na espera de que algo seja feito para livrarem-nas das ocasiões de perigo ou sofrimento que encontrem. Mas penso que Friedrich Nietzsche fez uma afirmação muito profunda em seu livro "O anti-Cristo", quando disse que "Deus está morto'.
         E por que coaduno com essa ideia? Simples: do jeito que as coisas andam, não têm ninguém tomando conta do mundo. E é por isso que ele está do jeito que está. É aguardar para ver onde tudo isso chega (ou chegará) e como sairemos dessa.

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