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sexta-feira, 7 de junho de 2013

VEJO NOS OUTROS MAS NÃO VEJO EM MIM.

     De uma forma ou de outra, as pessoas agem nesse mundo como se tudo corresse nos eixos, sempre.
     Geralmente, também, só conseguimos ver os erros nas outras pessoas. Em nós, quase nunca. E isso é uma coisa muito engraçada, não é?
     Ainda com relação ao artigo anterior, onde foi apontada uma situação muito grave com relação aos métodos e processos educativos e comportamentais das pessoas mais jovens, e que anda produzindo resultados um tanto quanto terríveis em nosso cotidiano, pode-se abordar outros fatores, que estão cooperando com o desequilíbrio nas relações entre todos no mundo.
     Do que observo sobre isso e quando converso com alguns pais sobre o assunto da educação de crianças e seus modos com relação a adultos, recebo da maioria quase sempre a mesma resposta: "O meu filho é um exemplo de criança!". Então, criei uma metodologia para se obter um resultado que possa mostrar com que a verdade não é bem essa.
     Se formos pegar todos os pais que residam num prédio grande, por exemplo, e pedir-lhes que coloquem numa folha de papel (que não precisa constar sua identificação) o nome de uma criança, sua vizinha, com os modos ou comportamentos que não lhes agrada, e contando que nesse universo estariam, por exemplo, umas vinte ou trinta crianças (com seus pais presentes nesta mesma pesquisa), o que ocorreria seria o seguinte: todas as crianças daquele prédio seriam citadas nessa pesquisa. Por certo, nenhuma escaparia de ser lembrada por alguns daqueles pais presentes ali.
      E por que isso aconteceria? Simples, é a resposta: todas as crianças que estão aí no nosso dia a dia, estão sob a mesma cultura de educação e aprendizado. Todas elas são praticamente iguais em termos de comportamento, sim. E só umas raras, raríssimas, teriam comportamento diferente das outras. Podendo incorrer, por exemplo, em críticas dos outros pais e até uma classificação de criança com problemas emocionais ou algo parecido.
      Mas o engraçado nisso tudo é que a maioria dos pais não tem o poder de percepção que deveria ter, que os permitissem ver a igualdade em todas as crianças nesse processo de criação moderna, sem exceções. Isto é um fato, sim, e só não vê quem não quer.

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