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sábado, 7 de setembro de 2013

UM 7 DE SETEMBRO DE FRUSTRAÇÃO POLÍTICA

     Neste 7 de Setembro, logo cedo preparei-me para ir para o centro da cidade, onde estava marcada, já com alguma antecedência, mais manifestações populares, pleiteando uma série de situações as quais o povo almeja. Então, segui em direção à Avenida Presidente Vargas.
     Bem cedo, a partir das 9 horas da manhã, já vinha ouvindo no rádio algumas ocorrências, dando conta de que os black bloks já apresentavam seus protestos no centro, encarando as tropas policiais, num confronto que, de certa forma, era contrário a esse pessoal, haja vista que os militares estão e são muito bem preparados para esse tipo de ocorrência.
     No entanto, ao chegar ao centro, já era por volta de 10,30 hs, e os ânimos já haviam arrefecido de ambos os lados. Não cheguei a ver nada demais, nem um corre-corre que fosse. Andavam todos por lá dentro de uma grande normalidade. Ainda bem.
     E fui seguindo a avenida afora, olhando um e outro, observando uma coisa e outra, para ver no que dava. Mas, infelizmente, (ou seria felizmente?) não me deparei com nenhuma refrega. Todos permaneciam por lá, formando grupos de conversas, onde se via que a maioria era de jovens. Pessoas na faixa de uns 20 anos. Mas haviam outras com mais idade.                           - Black Blocks -
     Observei, por exemplo, que o número de policiais devia estar além da conta. Mas as autoridades dizem saber o que fazem, por isso não me espantei com esse fato. Havia muita gente da imprensa. Muitos repórteres e jornalistas, munidos de seus apetrechos de reportagem e entrevistavam um aqui e outro ali, mas nada mais do que isso.
     E eu, que já tenho opinião formada sobre essas manifestações, mais uma vez externarei o que penso sobre isso. É puro contrassenso, exigir-se da juventude que tome frente a esses protestos, bem como se mobilize para buscar conseguir as melhoras que todos querem e esperam. Esses jovens que estão nestas manifestações, a maioria deles não trabalha, só estuda e quem paga suas contas e despesas são seus pais.
     Daí que penso que eles estão tal qual um papagaio. Repetindo falas que alguém lhes ensinou (ou sugeriu) e que eles ficam como se senhores fossem da situação. Quando na verdade, quase nenhum deles tem a exata consciência do que se passa ali e em que e como a situação deva se alterar, para isso ou aquilo, dependendo do que as propostas surjam nas discussões com as autoridades nacionais.
     Há muita diferença quando uma pessoa arca com as suas próprias responsabilidades. Encarar conduções cheias na ida e volta ao trabalho, e tendo que encarar, também, um patrão de 8 às 18 hs, não é uma coisa muito fácil de se ver, pensar ou encarar. E os jovens não sabem o que é isso.
     Ainda aceitaria suas presenças nessas manifestações, mas dentro de uma condição: que os seus pais estivessem ali, também, com eles. Mostrando-lhes as coisas que devem observar e que possam tomar consciências juntos com os seus responsáveis que, por terem a idade que têm, já tem a seu favor muita prática de vida. Aí sim, a situação pode ser aceita.
     Mas do que tenho observado, parece que as pessoas acima de 50 anos neste país, não estão muito interessadas a mudar coisa nenhuma do que está aí. Se formos buscar a questão da proporcionalidade nessa cidade, ela possui em torno de sete milhões de habitantes. Daí que o percentual de pessoas mobilizadas nessas manifestações pode ser considerado muito baixo, não dando forma e nem respaldo para que esses políticos possam dar crédito  à essas manifestações que andam acontecendo em nossa cidade.
     Assim sendo, mais uma vez sou obrigado a manifestar-me com pessimismo, não acreditando que a população logrará êxito em suas pretensões. É deixar o tempo passar para ver como fica. Ou ficará, dá no mesmo.

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