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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

VOCE, PINTA BOLINHA BRANCA DE PRETO, TAMBÉM?

     Há cerca de uns trinta anos atrás atuei na área de Recursos Humanos. Que naquela época denominava-se Área de Pessoal. E isto já tive a oportunidade de citar em alguns dos outros artigos que aqui posto.
    E apesar de já estar há tanto tempo afastado dessa área, o interessante é que não perdi o domínio que possuía, até pelo contrário, apurei-me mais ainda em observar o desempenho profissional das pessoas em seus empregos e durante o cotidiano delas.
    E quero dizer que isso em muitas das vezes chega até a me atrapalhar , pelo simples fato de costumeiramente fazer certos registros ou observações nas ações ou desempenhos profissionais daqueles que estão ao dispor da sociedade em nosso dia a dia.
    O interessante que observei e constatei que a maior parte dos brasileiros não trabalha de forma atenta naquilo que faz. Também o desinteresse das pessoas em suas ações é fato marcante. E cito isso com muita segurança e convicção. Porque é o que mais verifico por ando passo e sou atendido.
    Assim sendo, afirmaria com muita tranquilidade que a maior parte do trabalhador brasileiro rende só a metade daquilo que deveria render. E uma afirmação dessa é muito grave e digna de reprovação pela maior parte dos que dela tomam conhecimento. Mas isso é assim mesmo.
    Existe um fator que coloco como muito importante para todos que é a questão de auto análise e/ou autocrítica no próprio desempenho profissional de cada um. Porque para que as pessoas observem tal tipo de comportamento, só através dessas duas variáveis, se é que podemos classificar assim,  tomarão ciência e conhecimento de tal situação.
    Aqui no Brasil existem muitos aspectos a serem observados no que tange às realizações de tarefas profissionais. Uma delas está voltada para prazos. E quase sempre esses prazos são disformes ou distorcidos. Isso implica dizer que só se trabalha de forma teoricamente pré-estabelecida, dificultando, com isso, o andamento de quaisquer tarefas que se proponham a realizar.
    Assim, serviços que poderiam ser realizados de forma simples e direta, encontra barreira no prazo em que for estabelecido para sua realização. Isto no aspecto da iniciação do mesmo e seu final.
    E lembro-me bem, que nas concessionárias de automóveis, os profissionais que atuavam nos serviços da oficina, o faziam sob tempo determinado. Por exemplo: uma revisão de 10.000 kms, deveria ser executada pelo mecânico em xis tempo. Não podendo este estourar o tempo definido para aquele serviço.
    Tal metodologia deveria ser imposta a todo e qualquer profissional ou atividade no país. Isto porque no serviço público, por exemplo, as dificuldades que a população tem nele com relação aos tempos de solução de suas situações, sofrem uma demora muito acentuada e isto não muda nunca. E, pior, já vem de longa data.
     Até mesmo com o advento da informática, recentemente vi reclamações dos advogados no que tangia ao andamento dos processos no fórum, com dificuldades deles em acompanharem os andamentos dos seus respectivos processos, lá.
     Mas isto não é exclusividade só dessa área. Até mesmo na área privada vê-se as tarefas serem cumpridas de forma lenta, onde a maior parte das pessoas reclama nas diversas operações em que se envolvem, nas várias modalidades de fluxogramas.
     E com isso, lembro-me de uma fábula meio antiga que conta a história do sujeito que tinha como tarefa em seu emprego, pintar bolinha branca de preto. E ele, como era muito interessado no que fazia, um dia contestou seu superior sobre aquele serviço, sendo encaminhado a um lugar específico onde havia muitos outros bonecos entre prontos e por acabar. E quando solicitado a observar as diferenças neles, verificou que uns possuíam os olhos pretos e muito brilhantes. Foi onde o superior afirmou-lhe ser ele o responsável por aqueles lindos olhos pretos e brilhantes dos bonecos.
     A partir daquela data, aquele funcionário passou a trabalhar com mais interesse e gosto no que fazia. Porque sabia da importância do seu mister. E assim acontece com a maioria dos trabalhadores brasileiros. Só que essa maioria, vive pintando bolinhas brancas de preto, sem contudo querer saber porque o faz.
     Eis a diferença e a questão!

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