Ao transitar de carro pela área do bairro da Tijuca, hoje pela manha, deparei-me com uma cena insólita. No mínimo, surrealista.
Ao parar em um sinal, logo ali ao lado na calçada, havia um homem. Devia possuir entre cinquenta e/ou sessenta anos. Barbado, olhos azuis. Sua aparência até que não era ruim. E estava com um carrinho. Neste havia um isopor grande, meio forrado com plástico azul. Dava a entender que vendia bebidas e salgadinhos, ou outra coisa qualquer.
Naqueles poucos minutos em que eu estava ali parado com o carro, reparei que ele continha em sua mão um objeto redondo, parecendo uma tampa de algum recipiente. E era daquilo que se costuma chamar de aço inoxidável.
Então, numa das mãos essa tampa e na outra um pano branco (ou quase) e o passava nessa peça. Só que com um detalhe: vez ou outra ele dava uma olhada rápida para os lados e logo a seguir cuspia nessa tampa e passava o pano, a seguir.
Ele estava ali a limpar seus aparatos de uso comum, o fazendo de uma forma horrível. Porque, caso o usasse para guardar seus produtos de venda, este não seria o método indicado de asseio dos mesmos. Até muito pelo contrário. Cometia um dos pecados maiores que se pode ver.
Então, deduzindo-se que por aí espalhadas pela cidade inteira, estejam pessoas usando métodos parecidos para limpar seus recipientes de uso na guarda dos alimentos que vendem ao público, pode-se muito bem imaginar ao que estamos sujeitos nessas circunstâncias.
E é necessário acentuar-se que a nossa cidade é um tremendo camelódromo. De ponta à ponta. Acrescentando-se que muitas atividades avulsas tomam conta de nossas calçadas. Com o agravante de, à noite, é comum o uso de luz derivada do famoso "gato" nos postes. Mas, também, há o uso de água clandestina. Essa é muito comum ser usada por lava-jatos existentes em calçadas, também, em grande parte dessa cidade.
Então, muita gente se incomoda quando alguém classifica esse nosso país - e principalmente essa nossa cidade - como subdesenvolvidos. E, por desdobramentos, o povo também é incluído nessa classificação. Aliás, em primeiro plano, é claro.
Mas vamos todos vivendo. Não são essas coisas que nos impedirão de viver. Só que em níveis reprováveis, se comparados com os países do primeiro mundo. Deles, mantemos distância em termos de comportamento, que vai uma distância diretamente proporcional às devidas localizações de ambos continentes. Ou seja: Muito grande.
Mas cabe, aqui, uma pergunta que não quer calar: Até quando viveremos assim?
Ao parar em um sinal, logo ali ao lado na calçada, havia um homem. Devia possuir entre cinquenta e/ou sessenta anos. Barbado, olhos azuis. Sua aparência até que não era ruim. E estava com um carrinho. Neste havia um isopor grande, meio forrado com plástico azul. Dava a entender que vendia bebidas e salgadinhos, ou outra coisa qualquer.
Naqueles poucos minutos em que eu estava ali parado com o carro, reparei que ele continha em sua mão um objeto redondo, parecendo uma tampa de algum recipiente. E era daquilo que se costuma chamar de aço inoxidável.
Então, numa das mãos essa tampa e na outra um pano branco (ou quase) e o passava nessa peça. Só que com um detalhe: vez ou outra ele dava uma olhada rápida para os lados e logo a seguir cuspia nessa tampa e passava o pano, a seguir.
Ele estava ali a limpar seus aparatos de uso comum, o fazendo de uma forma horrível. Porque, caso o usasse para guardar seus produtos de venda, este não seria o método indicado de asseio dos mesmos. Até muito pelo contrário. Cometia um dos pecados maiores que se pode ver.
Então, deduzindo-se que por aí espalhadas pela cidade inteira, estejam pessoas usando métodos parecidos para limpar seus recipientes de uso na guarda dos alimentos que vendem ao público, pode-se muito bem imaginar ao que estamos sujeitos nessas circunstâncias.
E é necessário acentuar-se que a nossa cidade é um tremendo camelódromo. De ponta à ponta. Acrescentando-se que muitas atividades avulsas tomam conta de nossas calçadas. Com o agravante de, à noite, é comum o uso de luz derivada do famoso "gato" nos postes. Mas, também, há o uso de água clandestina. Essa é muito comum ser usada por lava-jatos existentes em calçadas, também, em grande parte dessa cidade.
Então, muita gente se incomoda quando alguém classifica esse nosso país - e principalmente essa nossa cidade - como subdesenvolvidos. E, por desdobramentos, o povo também é incluído nessa classificação. Aliás, em primeiro plano, é claro.
Mas vamos todos vivendo. Não são essas coisas que nos impedirão de viver. Só que em níveis reprováveis, se comparados com os países do primeiro mundo. Deles, mantemos distância em termos de comportamento, que vai uma distância diretamente proporcional às devidas localizações de ambos continentes. Ou seja: Muito grande.
Mas cabe, aqui, uma pergunta que não quer calar: Até quando viveremos assim?
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