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domingo, 12 de julho de 2015

O CAMELÓDROMO DA URUGUAIANA E SEUS IMBRÓGLIOS DE SEMPRE

     E nesta semana, as autoridades da cidade do Rio de Janeiro resolveram dar mais uma batida no Camelódromo da Uruguaiana. Aí juntaram-se as Polícias Civil e Militar, a Guarda Municipal e a seção de Ordem Pública da Prefeitura.
     Com isso, interditaram todo aquele espaço, fechando mais de mil boxes que ali existem, sem chance para seus proprietários, que não tiveram nenhuma outra opção, tendo que ficar ao dispor dessas autoridades, até que um levantamento fosse feito para apurar todas as irregularidades que existem ali.
     Mas não é a primeira vez que isso acontece. De tempos em tempos vemos essas ações por parte das autoridades, ali naquele mesmo lugar. Mas parece que tais movimentações não chegam a decifrar todo o mistério que existe ali, principalmente no tocante às mas ações das pessoas que ali trabalham.
     Sabe-se que naquele lugar existe muita movimentação de coisa errada. Desde produtos roubados e falsificados, até mesmo contrabandos e que tais. Mas essa situação já vêm de longa data, nunca se resolvendo, tampouco se resolveu até hoje, continuando tudo como dantes no quartel de Abrantes.
     Inclusive uma delegada que está a frente dessa ação, declarou aos quatro ventos que existe a participação de políticos e policiais naquele comércio. E aí repita-se: isso já vem de longa data. Só que, até hoje, não se descobriu quem são uns e outros. Aí tudo continua do mesmo jeito, sem solução.
     Mas é necessário fazer-se certas observações. E uma delas tem a ver com a criação daquele espaço no Governo Brizola. Aquilo ali como o próprio nome diz, é um camelódromo. Ou seja: um ajuntamento de camelôs com suas barracas simples e mais nada. Cada um teria seu mínimo espaço para armar e desarmar suas barracas no início e fim do dia.
     Só que com o decorrer do tempo, muita coisa mudou ali. E só não viu e não vê quem não quer. Basta só uma simples passada pelo local e observar que, hoje, aquilo ali não é nenhum camelódromo, é, sim, um ajuntamento de pequenas lojas, com portas de aço e outros recursos mais.
     Dos pobres coitados que haviam ali na época de criação daquele espaço, com certeza não existe mais nenhum deles. Existe, sim, oportunistas que faturam grandes valores, sem contudo recolher um só centavo de imposto, taxa e que tais. E que acobertam transações nefastas diuturnamente, sem que as autoridades observem tais despautérios.
     Outra coisa: os espaços ali criados e alterados, hoje valem muito dinheiro, caso alguém queira adquirir um deles. Isso sem contar que o famoso jeitinho brasileiro se fez presente, e muitas das permissões iniciais já não se encontram com aqueles primeiros que as conseguiram. Estão na mão de verdadeiros espertalhões. Mas o pior é que as autoridades sabem disso.
     Enfim, essa problemática envolvendo o camelódromo, já vem se arrastando há muito tempo e nunca se resolve. E pelo andar da carruagem, não o será dessa vez. Daqui à uma semana ou mais um pouco, tudo voltará ao normal. É só passar por lá e verificar. Mais nada. 

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