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sábado, 4 de julho de 2015

AS MUDANÇAS QUE SE DÃO NESSA VIDA, NÃO AS PODEMOS CONTROLAR.

     A frase mais perfeita e de mais conteúdo que alguém já pôde ter produzido, é uma das mais conhecidas no mundo. E seu autor é Shakespeare. Esta frase sintetiza todas as possíveis nuances que existem em nossas vidas: "Há mais mistérios entre o céu e a Terra, do que possa imaginar a nossa vã filosofia". E não é a primeira vez que se faz tal citação aqui neste espaço.
     Mas certas circunstâncias ou acontecimentos que se dão conosco, são capazes até de nos desestabilizar. Principalmente se uma pessoa não tem a mente firme, controlada e segura. Porque é difícil de se entender muitas das coisas que acontecem conosco nessa vida.
     Num outro texto, fiz citação à uma determinada frase, que não se sabe quem a cunhou. E ela diz: "Família: invenção maravilhosa de Deus". E a princípio, mesmo que teoricamente, tal afirmação deveria ser lógica e completa. Mas aí cabe uma pergunta: Será que isto é autêntico? 
     Também poderíamos continuar outras indagações a respeito. Mas isso só nos traria um certo desconforto. Pelo menos à maioria de nós. Porque, eu, por exemplo, não conheço nenhuma família perfeita. E nem harmônica. Haja vista que  é com certa frequência que vemos na imprensa certas notícias envolvendo fatos desagradáveis entre familiares.
      A desarmonia numa família se dá de várias e muitas formas. E isto já foi descrito num outro texto, aqui neste espaço. Contudo, há que se acrescentar outros itens. Um deles tem a ver ao tamanho da família. Porque quanto maior, mais desarmonia será. Por razões óbvias.
      Grande parte das pessoas só considera família aquele grupo direto ao seu redor: Pais e irmãos. Forçando-se um pouco a barra, pode-se incluir os avós. Mas existem outras situações que definem um parentesco. Nesse caso, os tios e primos e sobrinhos são, também, nossos parentes. E em muitas das vezes, de acordo com o tamanho de uma família, acontece de possuirmos parentes ao extremo, o que causa situações diversas. E a primeira delas é que nem conseguimos conhecer a todos.
      E isso, às vezes, faz com que tratemos aqueles que nos são distantes, mas mesmo parentes, como se fossem pessoas estranhas. Mesmo que nos vejamos com certas raridades. Mas não deveria ser dessa forma. E um exemplo direto disso o meu velho pai me deixou. Ele ia com frequência à sua cidade natal, e lá mantinha contato com muitos de nossos parentes.
      E, de certa forma, eu herdei essa propriedade. Tenho um apego muito forte com a cidade natal dos meus país, mesmo não nascendo lá. E como tenho muitos parentes ainda lá, interesso-me por visita-los, sempre que vou àquela cidade. Mas, conforme dito anteriormente, o tratamento que recebo da maioria não chega a ser aquele esperado.
      Óbvio é que eu entendo essa situação. Mas não a aceito. Porque o vínculo sanguíneo é muito forte no meu ser. E como sabemos, existiram famílias que mantinham uma certa ancestralidade em suas relações. E é sabido que muitas delas possuíram até brasões, que configuravam a importância de cada uma.
      No entanto, nesses nossos dias atuais, a coisa praticamente mudou. As famílias já não são homogêneas, até pelo contrário, são dispersas, cada um para o seu lado. Óbvio que é necessário dizer que umas raras, ainda se mantém coesas. Nem que seja em partes delas. Mas são exceções.
     E dessa forma, vamos todos vivendo. Num mundo virado de cabeça para baixo, onde a individualidade vigora, fazendo com que não nos importemos com quase ninguém. Mesmo que nossos parentes. E, se distantes, pior ainda.

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