É bem difícil a qualquer ser humano alcançar a terceira idade, sem ter alcançado todos os planos, sonhos e objetivos na vida, que possuía desde jovem. E isso deve ser comum à grande parte da humanidade. Só uns poucos devem tê-lo feito, sentindo-se, com isso, um vencedor.
Mas isto não quer dizer que aqueles que não o conseguiram, sintam-se derrotados. E digo isso por experiência própria, haja vista que, quando jovem, possuía sonhos, projetos e que tais, mas que não os consegui alcançar e nem realizar durante a minha existência
E, como a todo mundo, coube-me empecilhos, dificuldades, algumas ocorrências graves e pesadas, doenças e mais outras cositas más, que colaboraram, digamos, com os impedimentos das realizações propostas. Mas que ao final, ou seja, no atual estágio de vida em que me encontro, só posso considerar como lições de vida.
Em um estudo numa determinada instituição fraterna, tomei conhecimento de coisas às quais pouca gente o possui. E tem a ver com as características mentais e espirituais de cada um de nós, onde se estuda a espiritualidade de todos. E é através disso que se descobre as verves profissionais individuais das pessoas nesta vida.
No meu caso em especial, se assim o posso classificar, possuo algumas delas. Mas as que mais se acentuam e em mim agem, as relacionadas às relações humanas. Assim é que Antropologia, Sociologia, Psicologia e Psiquiatria, são estudos que me são, extraordinariamente, pertinentes à minha existência
No entanto, infelizmente, não consegui estudar tais matérias. Ou seja: não alcancei o que seria natural alcançar: um diploma nessas áreas. E mesmo que me sinta um tanto quanto deslocado por isso, não chego a abater-me, em função do que vejo e assisto por aí. Gente que, apesar de formada nessas atividades, não alcançam o padrão necessário que as fariam sentir-se e considerar-se profissionais plenos, nelas.
Isto implica dizer que muita gente está onde não deveria estar. Por que escolheu mal ou foi dirigido pelos pais para tais atividades que lhes são quase que incompatíveis. Tornando-as profissionais capengas, seja lá o que isso queira dizer, mas todos o bem sabem.
É claro que a mim e àqueles que não possuem um canudo universitário, é duro e pesado ter que assistir à tanta coisa fora do eixo. Bem como em saber que, mesmo não possuindo tal situação, mas através de estudos pessoais individualizados, adquirimos o que chamam de conhecimentos profundos em assuntos de relevância. Mas isto não é suficiente para dobrar àqueles que resistem à tais situações.
Então, não custa nada lembrar que, até algum tempo atrás, havia discussão a respeito da profissional de Jornalista e Repórter. E que passaram a exigir diploma universitário. Mesmo sabendo-se que muitos do que atuaram nesses misteres, o fizeram, e muito bem, sem nunca terem sentado num banco de uma faculdade.
Também num outro texto publicado aqui há certo tempo, discorro e explico sobre o que hoje é considerado científico pela humanidade, não passava de um ato isolado e diletante, daquele que se interessava por algo, alguma coisa ou alguém, estudando, pesquisando, analisando tais situações, a ponto de, mais à frente conseguir mostrar e comprovar à essa mesma humanidade, aquilo ao qual se aplicava e, finalmente, tornando algo científico para todos.
E é assim que que se dá nessa vida. Mas seria bom que quase toda população do planeta agisse como se um cientista fosse, sempre buscando estudar, analisar e descobrir tudo o que acontece no cotidiano. Mas seria necessário um determinado exercício. Sempre querer saber o por quê?; para quê; onde?; como?; quando, dentre mais algumas indagações.
Mas claro, convenhamos: é um baita exercício individual. E extremo, sem dúvidas. Talvez por isso não seja possível à grande parte das pessoas mas, só à algumas delas. Então, por que você, leitor, não tenta ser uma dessas pessoas?