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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O REAL PROCESSO EXISTENCIAL HUMANO

    Certa vez, conversando com uma mulher que se disse médica, comentei com ela que me considerava um cientista social. Então, surpreendentemente, ela disse-me que eu estava "ofendendo a ciência", De imediato cortei a conversa, não dando-lhe mais nenhuma atenção.
   Oras, como é que pode, uma pessoa que não conhece a outra com quem conversa, subestima-la de forma infame como essa? Tive a impressão de que ela subestimou-me, talvez, pela simplicidade como me vestia ou coisa parecida. Porque só uma pessoa tão estúpida pode incorrer num modo desse.
   Mas é claro que episódios como tais acontecem  com muita frequência em nosso cotidiano. Porque o que existe de gente imbecil por aí, é coisa que chega a assustar. É comum preocupar-se apenas com a estampa da pessoa, subestimando suas qualidades e potencial.
   Um estudo definiu a divisão da mente humana em três partes: subconsciente, consciente e superconsciente. Daí é onde se pode atribuir a evolução mental de uma pessoa, que agirá de forma mais objetiva em suas ações e realizações, dentro desses parâmetros, que entende que a última divisão é a que é a responsável pelas melhores performances humanas.
   Mas dentre milhares ou milhões de teses e teorias a respeito do comportamento humano, pegarei um tópico que foi desenvolvido num determinado estudo feito por um médico nos anos quarenta, onde ele debruçou-se sobre um tema: o motivo oculto.
   E criou matéria explicando tal questão, onde uma pessoa é atingida de forma profunda em suas reações comportamentais, através de um motivo oculto que possua, fato que irá influir e influenciar sua conduta por boa parte de sua vida, até a descoberta dele no modo consciente do raciocínio.
   Um motivo oculto é um acontecimento marcante que acontece na vida de um pessoa, ficando gravado em seu subconsciente vida afora, e que age nas reações de quem o possui, quase sempre causando certos problemas, e isto faz com que, inconscientemente, uma pessoa promova ações contrárias àquelas em que deveria ter.
   A grosso modo pode-se exemplificar uma pessoa de origem pobre que, desenvolvendo-se na vida, expressará certo horror àqueles tempos de pobreza, agindo de forma prepotente e/ou arrogante com as pessoas que apresente aqueles sinais, de pobreza, também.
   Tais situações são mais corriqueiras do que se pode prever. Porque as reações, como são instintivas, são quase que imperceptíveis àqueles que as produzem. E tal processo só poderá anular-se, através de um método: a autoanálise. O que não é coisa fácil para muitos.
   O interessante nisso tudo, é saber que o ser humano considera-se e classifica-se como um ser inteligente. Mas isso cabe controvérsias, haja vista que comete certas ações que mostram o inverso dessa situação. Daí a complexidade da vida no mundo.
   E aí é onde eu busco estudar sobre tais discrepâncias humanas. Como é possível esta raça cometer tais e tantos deslizes comportamentais, se é inteligente? Até criou uma situação para justificar tais absurdos: o livre arbítrio. Mas que não chega a convencer a muitos, porque, se é inteligente, só lhe cabe um ação: fazer a coisa certa. Mas não é o que acontece na maior parte das vezes. 
    De tudo o que já li, vi, ouvi e vivi, não necessariamente nessa ordem, cheguei a algumas conclusões. Sendo que uma delas tem a ver com o desenvolvimento da capacidade individual nas pessoas, a ponto de torna-las exímias nas coisas que fará durante suas vidas. Mas que, se não alcançam o nível de excelência nesse desenvolvimento, não atingirão o patamar desejado nesse processo de viver.
    Daí que ficarão, sempre, mercês das circunstâncias de inferioridade ao semelhante, servindo de objeto na mão daqueles que se aproveitam de tais situações. E talvez seja assim que esse processo se estabeleça, nos mostrando que a espécie humana ainda não se desenvolveu adequadamente, a ponto de elimina-las.
    Mas é óbvio que o mundo e a vida sempre serão assim mesmo. Porque se todos se desenvolverem e alcançarem o mesmo nível de evolução, quem é que carregará o piano? Portanto, quem escolhe seu próprio destino somos nós mesmos. Imperiosamente.

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