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quarta-feira, 22 de agosto de 2018

"DEPOIS DA PORTA ARROMBADA, COLOCA-SE CADEADO NELA".

     Seja lá quem tenha sido o autor da famosa frase: "O Brasil não é um país sério!", se foi DeGaulle ou o embaixador brasileiro na época, na França, não faz e nem fará a menor diferença. Porque ele não é sério, mesmo.
     E caso fossem relacionadas as causas, razões e exemplos disso aqui neste espaço, seriam tomados todos e quaisquer dele. Mas, pelo menos, nos apeguemos a um apenas. E dos mais emblemáticos, que é a pessoa do ex-presidente Lula, condenado a um pouco mais de doze anos, já preso em Curitiba.
     E as distorções já começam aí, porque ele não está numa cela apropriada para criminosos como ele. Ocupa uma das dependências da Polícia Federal naquela capital, e anda agindo com a maior desenvoltura possível, emitindo ordens, conceitos e opiniões, sobre tudo e sobre todos.
     Também recebe visitas além daquilo a que teria direito. Escreve cartas e as faz tornarem-se públicas em jornais, televisões, rádios e internet. Porta-se como se nem preso estivesse. E um dos delegados da PF naquela sede já afirmou a todos que ele está ali de favor, seja lá o que quis dizer com isso.
     Mas o absurdo maior é tentar tumultuar o processo eleitoral em andamento no país, lançando-se candidato ao pleito. Também mobiliza sua tropa para angariar simpatias até mundo afora, como uma declaração atribuída à própria ONU, que não representa a verdade plena desse fato.
     Já passou da hora de alguém acabar com tais absurdos. Lula é somente um preso comum, condenado em duas instâncias, que foram homologadas pelo STF, e tem que cumprir a lei. Rigorosamente. Ele perdeu todas as prerrogativas de ser um ex-presidente, com tal condenação. E deixou escancarada uma situação de vexame, descalabro, vergonha e que tais.
     Até Outubro, quando se realizarão as eleições no Brasil, as incertezas se apresentarão, causando muita apreensão a todos. E pelo andar da carruagem, algo pesado acontecerá até lá, porque a petezada está afoita, ligada e mobilizada para aprontar situações das quais possamos sofrer muitos dissabores.
     Parece que o que podemos esperar é a concretização de um conhecido aforismo que diz: "Depois da porta arrombada, coloca-se cadeado nela". É esperar para ver. E só.

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