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segunda-feira, 5 de novembro de 2018

NÃO É INTERESSANTE, ISSO?

     Em tempos de altas politicagens, que até poderiam ser tratadas como politicalhas, é melhor mudar o rumo da prosa, como diria um peão de roça, em seus jeitos de falar com outros. Fazer abordagens diferentes das atuais porque o saco de muita gente, por que não dizer de todos, já está cheio, quase transbordando de tanta contrariedade.
    É melhor falar da vida, principalmente das relações humanas, que andam a cada dia que passa, mais claudicantes, com poucas conversas entre as pessoas da mesma relação.
    Mas não é fácil se fazer certas abordagens. Principalmente quando se referem à família. E seja lá a de quem for, porque é um assunto daqueles que denominamos tabu. Então, é preciso ter coragem. E jeito, também, pra falar dessas coisas.
    Até uns muitos anos atrás pensava que existisse família perfeita. Ledo engano. Hoje penso que não há. Porque sempre existiu, existe e existirá controvérsias numa família. Aí só varia a intensidade, o tamanho e a qualidade dessas controvérsias.
    O engraçado é que numa família os tratamentos são iguais, dos pais para os filhos. Ou não? Fico com essa última hipótese. Há sempre variação no tratamento que os país dão aos filhos. Ao final, um deles sempre merecerá um maior grau de consideração. Infelizmente.
    Daí, então, é que surgem as diferenças entre irmãos. Porque por mais que um dos menos favorecidos não implique com tal situação, mas sempre haverá diferença entre alguns. E isso acabará no relacionamento final entre eles.
    Existem casos em que as desavenças entre irmãos são profundas. Abissais. Em alguns deles, mesmo que raros, podem acontecer até tragédias. E isso vemos, mesmo que espaçadamente, na imprensa. Um fato muito triste.
    E há o fato de que há diferenças profundas e determinantes entre nós. Podemos receber o mesmo tipo de ensinamento e educação, mas ocorrerá uma escapulida por parte de algum irmão em relação a outro. Mesmo que as lições sejam passadas de forma igualitária e na mesma proporção. Mas ao final algum deles sairá da rotina da própria família.    Caim e Abel
    Isso se dá por vários motivos. Talvez o principal deles seja a convivência com outras pessoas fora do âmbito familiar. Quase nunca se percebe que se está convivendo com pessoas muito diferentes de nós. Principalmente no aspecto moral, porque o ser humano parece possuir uma característica peculiar de enveredar pelos caminhos menos satisfatórios.
    Se isso acontece quando uma pessoa é ainda jovem, o seu subconsciente estará registrando e gravando os atos com os quais convive quando novo. Então, tempos depois, já um adulto definido e definitivo, expressará inconscientemente tudo aquilo que absorveu e registrou nesse mesmo subconsciente. E que não será percebida a sua distorção, tornando-se suas práticas constantes e naturais com o meio em que estiver e viver.
    Atualmente, ou desde certo tempo atrás que não se precisar, comecei a observar certos tratamentos paternos (de pais e mães). Verifiquei um fato marcante e profundo: os pais estão criando seus filhos do modo como gostariam de ser criados pelos seus pais. No caso as gerações passadas foram criadas dentro de um rigor extremo.
    Isso promoveu o que observamos naturalmente nesses nossos dias. Está prevalecendo o que chamam de libertinagem. Os filhos podem tudo e os pais o permitem. Liberou geral!!. Vale todo tipo de coisa que não valia em décadas passadas. Mas paradoxalmente, todos reclamam da zona que se estabeleceu na sociedade.
    Aliás, retornando ao início dessa assertiva, observa-se nos pais ditos modernos, protegerem aquele filho que é o pior deles. O mais mal intencionado e que só faz horror. Isso nada mais é do que a ação do subconsciente desses pais. Gostariam de ter feito tudo o que permitem nesse(s) filho(s). 
    Não é interessante isso?

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