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terça-feira, 17 de dezembro de 2019

DE MISANTROPO, PSICÓLOGO E LOUCO, CADA UM DEVEMOS TER UM POUCO

   Seguindo a abordagem sobre o Natal na matéria anterior, e vendo uma manifestação de um amigo virtual, que em sua página externou a ideia de afastar-se dos festejos do Natal e do Ano Novo, só não relatando as razões dessa decisão. 
  Mas para alguns, incluindo-se esse próprio autor, isso nem é de causar nenhum espanto. Isto porque uma ação como essa deixa a transparecer uma outra, a da aspiração à condição de um agente da misantropia, haja vista que a humanidade praticamente transformou-se num verdadeiro caos da inconsciência humana.
  Explicando melhor: numa data tão representativa e festiva, como é que se pode ficar impassível e indiferente à tanta contrariedade? Sim, é puro paradoxo o que se nota e vê por esse cotidiano sofrível. A começar pelo excessivo contingente de pessoas largadas nas ruas. Cuja maioria não chega a estar na criminalidade. Apenas na infelicidade circunstancial.
  É sabido que existe também um outro contingente de agentes comuns que têm a proposta de ajudar a eles, principalmente na noite natalina, fornecendo-lhes alimentos e até roupas, diminuindo, assim, uma parte de seus sofrimentos.
  Mas voltando à abordagem sobre a misantropia, muita gente não chega a entender o que quer dizer isso, e nem buscar entender suas razões. Até porque não é tão fácil esse exercício. Mas para uns poucos, talvez raros, alcançar graus elevados de evolução e consciência, principalmente humana, costuma se transformar num sofrimento imenso.
  Por isso é que o restante das pessoas costuma fazer mau juízo daqueles que se afastam da coletividade. Mas não como um mendigo ou coisa parecida. Mas sim com comportamento arredio em relação aos demais, buscando e procurando sempre manter-se bem distante de tudo e de todos.
  E nesse caso, sua própria companhia já lhe é suficiente. Em resumo, o si consigo mesmo resolve sua situação. E não há nada melhor do que buscar harmonia com sua própria existência e presença.
  Mas para os que não entendem isso, a sugestão é buscarem reflexão através de dois exercícios que nem são fáceis: a auto crítica e a auto análise. Mas se puderem aprofundem-se, também, nas criações de Freud e seus pares. Talvez a luz se faça para o aqui exposto. Quem sabe?

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