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segunda-feira, 22 de junho de 2020

FÉ DE MAIS OU FÉ DE MENOS

   Ainda existem aqueles que costumam dizer que nós, os humanos, somos iguais uns aos outros. Isso nada mais é do que um terrível engano. Porque somos, sim, profundamente diferentes uns aos outros. Mesmo que se fique insistindo em não destacar se somos melhores ou piores que aos outros. Isso é uma realidade e ponto final.
   Os parâmetros para tais análises estão disponíveis e ao nosso dispor. Basta que se debruce sobre eles e busquem verificar tais diferenças. Mas parece que não há interesse em se apurar os fatos. Os verdadeiros. Daí que se fica perdendo tempo ou dando voltas sem sentidos.
    Este horrível período pelo qual estamos passando, com o exercício pesado de uma quarentena, mesmo que a muitos isso não esteja convencendo de sua utilidade, tudo está muito claro. Há pessoas investindo pesado na ignorância alheia. Também na esperteza.
    Uma coisa ou outra já deixa claro que isso não é natural. Não se pode tirar proveito de uma situação como essa, onde muitos estão tendo enormes prejuízos em suas vidas. No aspecto financeiro, profissional, social, dentre mais alguns outros deles. 
    No entanto, devido às diferenças existentes entre todos, e citadas no primeiro parágrafo dessa exposição, é que podemos atentar para certos e muitos absurdos. E um fato anda chamando a minha atenção. É que pessoas insistem em apelar para o misterioso. O sagrado ou divino, como queiram.
    Lógico que não se está querendo aqui criar discussões sem sentido. Mas só em existir uma situação como esta pela qual passamos, já é para se colocar em dúvida a existência de um ser divino, que criou e administre a existência da humanidade.
    Por que então permitiu que essa e muitas outras situações danosas se instalassem entre nós, os humanos? Até mesmo as muitas deficiências que estes possuem em vários aspectos, e o caráter talvez seja o principal deles, tenham cooperado para tantos e tais desencontros? Tudo isso, de certo modo, é inadmissível e inaceitável.
    Porque num universo de bilhões de pessoas, suponha-se que existem, pelo menos, alguns milhares delas que não possuem uma conduta má. Pessoas que seguem na vida até fazendo muitas coisas justas, principalmente ajudando à outras. Mas que, ao final, são atingidas pelos mesmos horrores que ai estão para todos nesse nosso cotidiano.
    As explicações para isso, por parte de quem as proponha dar, são quase que nulas, porque fica fácil colocar nas costas de uma entidade divina qualquer, o poder de decidir sobre isso e sobre tudo. Não explicando com muito detalhe a ponto de ser entendido até mesmo pelos menos privilegiados de cérebro.
    Mas não há jeito. Temos e teremos que conviver com isso. Uns levando fé e outros não. Mas seria bom que entre ambas as posições, houvesse só uma coisa: respeito mútuo de concepções. Cada um que fique com a sua, sem criar nenhum trauma com o outro.

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