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quinta-feira, 18 de junho de 2020

CONJETURAR: O EXERCÍCIO ATUAL

    Contra fatos, não há argumentos!
   Eis uma afirmação que se deve obedecer, pelo sintético de seu conteúdo. Mas muitos ainda buscam revertê-la, subestimando tanta convicção. E isso acaba por assustar, não é? Porque colocar em dúvida isso, é buscar reverter tal quadro, assumindo até um alto grau de irresponsabilidade.
    Mas o humano é assim mesmo. É relapso por natureza. Não fosse desse jeito e tudo seria muito diferente. E para melhor. Em vez desse monte de imbróglio que vive criando diuturnamente, quebrando a normalidade de tudo e assustando a si próprio.
    Com tanta invenção tecnológica e parece que muita coisa não anda servindo para nada. Ou não resolvendo grande parte daquilo para o que foi criada. Então, nos deparamos com um paradoxo existencial perene.
     A crise do coronavírus é uma dessas situações. Espantosamente a humanidade em vez de colocar o vírus para correr, terminou por correr dele. Seria até cômico se não fosse trágico. E muito, diga-se de passagem.
     Já enfrentamos uma série extensa de vírus e de doenças nessa vida, mas agora a impressão que se tem é a de que fomos vencidos por uma delas. Tivemos a dengue, chikungunya, dentre muitas outras delas. E não há como esquecer de uma das piores, a Aids, que quando surgiu atemorizou o mundo inteiro.
     E nenhuma delas chegou a alcançar o nível de ferocidade que esta tal de Covid 19. E o mundo estremeceu. E ainda continua a fazê-lo, com discrepâncias em torno dele, fazendo com que as preocupações tirassem as pessoas do sério.
     No entanto, diante disso tudo, muita gente anda buscando locupletar-se dessas situações. Principalmente no âmbito da corrupção, que alcança quase que todos eles. E é claro que no público a coisa fica mais feia, mais acentuada. Mas isso nem é novidade para nós.
     Lastimavelmente em nosso país, o Brasil, acabou-se por misturar farinha com marinha. A guerra ideológica e política recrudesceu de forma absoluta, sendo que a contenda funciona diuturnamente. Mas de um modo inconsequente, porque a pressão que esse Governo anda sofrendo, fugiu ao estereótipo pragmático.
     O horror imoral sempre existiu em nosso país, mas nunca foi controlado por ninguém. No entanto, a partir da mudança recente de direção ideológica, os contrários a essa resolveram assumir suas posições contrárias a ela. E de uma forma que, diria o Lula, "nunca antes na história desse país".
     Mas uma parte da população não o está percebendo. E pior, está se deixando levar por aqueles mesmos. Os que viveram se locupletando dos erários nacional e regionais. E como foram acostumados a esperar cair do céu, não se conscientizam e se deixam explorar pelos vivaldinos e espertalhões.
     Preocupante é não se ter noção de quando isso mudará/terminará. E no que dará. Se bem ou mal. E essa expectativa nos dominará por tempo indeterminado. Fazer o quê?

 

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