Num texto postado neste mesmo espaço há um bom tempo atrás, fiz colocações a respeito das interpretações dos termos (vocábulos) de uma língua. A linguística se incumbe disso através da semântica.
É de se crer que em todas as línguas (idiomas) do mundo aconteçam a mesma coisa. Um termo não ser tão específico e ser entendido de outras, e até muitas, formas e jeitos.
Naquela época, citei a respeito do termo 'bastante', que definiria simplesmente aquilo que basta. Mas que em geral no cotidiano popular também é entendido como muito, grande quantidade, etc...
E existem muitas palavras em nossa língua, o Português, que às vezes quebra a normalidade do entendimento. Algumas delas alcançaram conotações diferentes de sua essência. Pode-se, de imediato, citar duas delas: medíocre e desgraça. E esta última, então, carrega um estigma pesado.
Mas ambas, no teor literal delas não chegariam a alcançar tanta profundidade de negatividade se fossem observadas suas essências. Mas tudo que cai na boca do povo, praticamente vira uma lei. E pétrea.
Existem também distorções em algumas delas. Por exemplo, a palavra estória. Surgiu por pressão individual de alguém que correu o risco de criar o que chamamos de neologismo. E anda criando discussões entre os especialistas do ramo.
O lado negativo dessas variações nos deixa às vezes em situações incômodas. E o interessante é que com o surgimento do computador e, consequentemente, com o das redes sociais, também nos bate-papos virtuais, estas perderam o controle de qualidade. Então o que há de barbaridades por aí não é pouca coisa, não.
É de se imaginar que filósofos, autores, professores e afins, das décadas, e até de séculos atrás, sofram com toda essa manipulação destoante. Os que já não estão mais vivos, pelo menos não passam pelo atual sofrimento. Mas em estando vivo os demais, devem estar sofrendo bastante com toda essa estapafúrdia linguística/gramatical.
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