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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

UM MUNDO E VIDAS PARADOXAIS


     Lembro muito bem de já ter feito referência ao mesmo conteúdo que seguirá aqui. Mesmo que não tão completo ao que se pretende dissertar. Mas como é assunto de relevância, pedindo-se desculpas aos leitores pelo que se pode apresentar de presunção, vamos ao que interessa.
     O mundo, no caso a vida, é e sempre foi uma escola. É onde se aprende tudo aquilo que é necessário para se expressar como pessoa e cidadão. E aqui pode-se citar um termo que tem muito a ver com isso: Empirismo. Onde todos nós aprenderemos as coisas e as expressaremos em nossos atos e ações na sociedade em que vivemos.
     No entanto, como se diz que "nada é perfeito", temos o exemplo na falha de alguns ou muitos nesse aprendizado. Daí as muitas mazelas as quais assistimos no decorrer de nossa existência nesse planeta. Porque, como numa escola normal, há os excelentes, bons, razoáveis e sofríveis alunos. E tal escolha somos nós que a faremos, para que possamos alcançar ou não os nossos méritos e sucessos.
     Cabe afirmar que sempre terá que existir aquelas pessoas que terão que realizar as piores ocupações profissionais, carregando o fardo mais pesado ou assumindo as ações ditas desagradáveis ou de pouca monta. E isso atingirá um contingente maior do que aquele aos quais estão os mais preparados e estruturados. Faz parte!, diria aquele BBB famoso.
     E isso é desde que o mundo existe. Não cabe nem controvérsia a respeito. O que deve ser observado por todos, é o lugar que desejaremos ocupar nessa escada, diga-se. Porque ela é extensa, permitindo-nos ocupar o degrau que escolhermos ou aquele para o qual nos preparemos profissionalmente. Os resultados veremos a partir dessa definição.
     No entanto, o que se observa nesses nossos tempos atuais, são situações às quais poderemos considerar como paradoxais. Com tanta tecnologia se desenvolvendo ao nosso redor, observa-se um contingente extenso de pessoas sem preparo algum ou mal preparadas para o exercício profissional.
     Mas ainda há um terrível agravante, em ver-se e observar-se a máquina, o dito robô, tomar a frente de tudo e de todos, colocando-nos para escanteio, como diz um refrão futebolístico muito usado. Fazendo-nos ficar num segundo plano em quase tudo o que existe no mundo de hoje.
     Muitas profissões e ocupações, bem como muitas tarefas a elas pertinentes, já são executadas e realizadas por equipamentos e ferramentas modernas. Inclusive muitas das profissões de outrora já não existem mais. Outras, e se podemos nos arriscar a dizer uma delas, é a dos bancários, que a cada dia que passa vai sendo substituída pelo uso da informática em escala alarmante, dentre muitas outras.
     Desta forma, o futuro do ser humano, dentro do paradoxo que podemos classificar, não será, assim, tão maravilhoso. Porque ao mesmo tempo que terá ao seu dispor o mais perfeito da instrumentação tecnológica, também fará com que muitos deles não tenham atividade laboral para realizar. Eis a questão.
     Mas já há gente preocupada com isso. Já estão em pesquisas a implantação de algo que fará com que não nos extingamos (êta conjugação estranha...). Daí que a nossa espécie não entrará em extinção, continuando a promover mais paradoxos nessa vida e nesse planeta.
     Em nosso país, tais problemáticas estão se acentuando. Mas seria bom que pegássemos como exemplos empíricos as nações milenares. Aquelas que possuem estrutura concreta de existência, onde as situações de mudança se deram mas não chegaram a causar tanto estrago, como vem acontecendo em algumas partes do mundo.
     E os ditos continentes mais novos, como as América do Sul e a América do Norte, são onde as situações estão se desvirtuando de forma absurda, causando desequilíbrio nessas populações. E é no aspecto da violência urbana onde se encontram os maiores descalabros de ações nefastas e trágicas. Mesmo sabendo-se que tais fatores já andam incidindo no mundo inteiro.
     É óbvio que todos temos que observar o progresso tecnológico, bem como o avanço em todos os sentidos da modernidade. Mas também não se pode perder o rumo dessa progressão. Pois sabemos que em algumas partes do nosso planeta, ainda existem povos que vivem dentro de padrões bem diferentes do que as nações avançadas praticam.
     Desta forma, há a necessidade de se atentar para o fato de que a vida é fundamental nesse planeta. E quando se diz isso, quer se referir a tudo e a todos que existem nele. Porque há pessoas que desconhecem tal fato. São obcecados única e exclusivamente aos valores financeiros e patrimoniais, conduzindo-se de forma avassaladora sobre o que pode render-lhe tais condições, mas destruindo a essência do próprio planeta, esta vida coletiva que é a principal razão da Humanidade existir.

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