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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

UM PAÍS FADADO AO ATRASO

   A impressão que se tem é a de que a coisa irá começar a feder nesse país. E começou pelo Acre e Rio Grande no Norte, com a revolta dos presos das penitenciárias desses estados, com muitas mortes de vários deles.
  Agora, no Espírito Santo, a Polícia Militar de lá entrou em greve, mesmo sabendo-se que tal classe de agente público não poder fazer greve, de acordo com a Constituição Brasileira. Mas parece que essa gente não tem noção do que fazem, ao desrespeitar a nossa lei maior.
  De tudo que já li, vi, ouvi e vivi, não necessariamente nessa ordem, tenho a impressão de que o brasileiro não tem noção de muita coisa. E a primeira delas é respeitar a lei. Não fosse isso e as penitenciárias não estariam abarrotadas de gente criminosa, bem como o acúmulo de processos criminais na Justiça, não alcançaria o número de mais de sete milhões.
  Imaginem, só no Supremo Tribunal Federal, STF, em Brasília, cada um dos ministros daquela casa possui mais de cinco mil processos cada um, para julgarem. É coisa absurda, se comparadas com outras Cortes no mundo. Mas aqui em nosso país, o acúmulo é daí para a frente, sem saber se um dia conseguirão zerar tais quantidades.
  E de tudo que tenho acompanhado nesse nosso cotidiano, não tenho nenhuma dúvida de que a coisa degringolou a partir da abertura política em 1985, quando os militares entregaram de volta o poder ao povo, depois de o dominarem por mais de vinte anos.
  E foi a partir daí que o crime tomou conta de tudo. Porque o que se fez, faz e fará nesse país, enquanto a dita Democracia estiver no poder, são essas sujeiras escabrosas que estamos assistindo nessas últimas décadas. E os criminosos estão no poder, dando as cartas e legislando em proveito próprio, acrescentando-se aí as manobras escusas, desonestas e criminosas que perpetram nesse nosso cotidiano.
  Este autor não tem histórico de militarismo em sua vida. Sequer serviu o quartel quando se apresentou naquela época, 1970. No entanto, não é difícil perceber o nível de subdesenvolvimento do povo brasileiro. E isto vem de longa data, possivelmente desde o seu descobrimento, salvo um breve tempo, sob o imperialismo, com D. Pedro II, que desenvolveu o país de uma forma muito profunda.
  Mas de lá para cá, os percalços políticos e sociais pelos quais passou a população brasileira, dá bem a noção do quanto este país ainda é atrasado no que tange à consciência de cidadania. Porque quase todo mundo que está no âmbito público, leva a coisa de forma distorcida. Quase sempre querendo tirar proveito dessa situação. Por isso é que o país não muda.
  E de tudo o que se pode perceber no Brasil, tão cedo haverá uma mudança e/ou uma melhora nele. Por que cada uma das pessoas que aqui estão, pelo menos a maioria delas, se enquadra numa daquelas máximas da sabedoria popular: "Farinha pouca, meu pirão primeiro".

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