Total de visualizações de página

quarta-feira, 19 de junho de 2019

HAJA CARA-DE-PAU

   Lembro bem que já fiz referência aqui mesmo nesse espaço em possuir uma bicicleta, uma motocicleta e um automóvel. Mas não é para me exibir, claro. Mas sei que a ideia de muitos logo é essa. Mas o que interessa é eu contar o que preciso. Então, vamos lá!
   É raro eu fazer uso do transporte coletivo da cidade, por razões óbvias. Mas nesses últimos tempos, tanto o peso da idade já anda me incomodando, e já estou me aproximando dos setenta anos. Mas também está insuportável se andar no Rio de Janeiro usando veículo próprio.
   E como relatei ontem, fui à Zona Sul, em Copacabana, para resolver uma questão simples numa das agências do INSS que lá tem. São no mínimo três delas. E resolvi tudo até com certa facilidade, felizmente. Mas vi encrenca entre alguns segurados e agentes de lá. Então, agora entro no principal dessa assertiva.
   Fui com o automóvel até as proximidades do Centro, perto de uma das estações do Metrô, onde deixo sempre o carro no estacionamento que estou acostumado. E dirigi-me à entrada desse transporte.
   Como estou na idade que chamam do "0800", não pago mais passagem, dou uma "carteirada" no funcionário do Metrô e entro para a estação no subsolo. Claro que essa carteirada é de brincadeira, porque ele precisa confirmar que eu possuo mesmo a idade para fazer uso da isenção da passagem.
   Mas quase todas as vezes que fiz tal movimentação, e isso não é rotineiro, deparo-me sempre com a mesma situação. Qual seja: a de ver os assentos da estação ocupados por pessoas de idade inferior aos sessenta anos que a lei cita. Mesmo com o adesivo colado na parede atrás deles.
   E eu como sempre fui corajoso, aproximo-me deles, dos que ocupam os lugares indevidos, e friamente aponto para o adesivo que mostra a orientação que todos devem seguir em ceder o lugar para as pessoas devidas. É claro que o desagrado é geral. Mas um deles tem que sair para que eu sente. E isso é imperativo.
   E dentro das composições acontece sempre os mesmos fatos aqui relatados. Os lugares sempre estão indevidamente ocupados por pessoas novas. E se fazem de mancos, com uma cara-de-pau que tira qualquer um do sério.
   Só que a pouco tempo foi decretada uma lei que diz que todos os assentos das composições coletivas públicas da cidade são de exclusividade dos maiores de sessenta anos. Sem contemplação. E quem não cumprir essa lei pode ser multado em R$50,00, segundo ouvi no rádio.
   E como sou do tempo em que nem precisava haver uma lei como essa para que um idoso/deficiente/obeso/grávida merecesse a prioridade do assento em qualquer condução. Mas o tempo mudou tudo. E a mudança maior deu-se na falta de educação e desrespeito aos referidos.
   Mas do que se observa e vê, quase todo mundo afirma aos quatro ventos que é educado. Donde se pode fazer as seguintes deduções: são mentirosos, são relapsos e são indecentes. É só prestarem atenção no que aqui foi exposto e reparar no comportamento do pessoal nas conduções coletivas da cidade. Quiçá do país.

Nenhum comentário:

Postar um comentário