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sexta-feira, 25 de setembro de 2020

O INÍCIO, O MEIO E O FIM. TUDO UM TANTO QUANTO INSUSTENTÁVEL.

     O planeta em que vivemos, a Terra, ainda é o mesmo de milhões ou bilhões de anos. Mas é inegável que é muito diferente de seu início de criação, bem como tem passado por mudanças ininterruptas o tempo todo. E de todos os sentidos, modos, formatos, consistência e também consciência.

    Esta última propriedade, se é que podemos assim classificá-la, tem a ver com o ser humano, a Humanidade propriamente dita. Haja vista que este ser sofreu mutações profundas, extremas e complexas, contrariando a própria natureza, influenciando e influindo nela, a ponto de colocá-la em risco a cada dia que passa.

     A alteração pela qual tem passado a Humanidade tem a ver com o desenvolvimento tecnológico, que virou tudo de cabeça para baixo, transformando a colocação humana no planeta em plano inferior a tudo e a todos, o que anda levando-nos a acreditar que num futuro nem tão distante, ela deverá estar subserviente à própria tecnologia. E isso já vemos os primeiros sinais dessa situação.

      Sendo assim, várias alterações se perpetraram a partir de algum tempo atrás com a aceleração desse mesmo desenvolvimento tecnológico. A primeira delas está no aspecto da sensibilidade. Porque a frieza e a indiferença assumiram quase que o controle total das ações e reações humanas. E os exemplos são múltiplos e fáceis de se observar nesse nosso cotidiano.

       Desestruturação familiar, a competição desenfreada entre todos, a falta de respeito, de ética e um alto teor de inaptidão, causaram mudanças radicais em nosso meio. O reflexo disso é e foi imediato. A violência apresentou-se de forma absurda. É basicamente globalizada no sentido de ter alcançado os lugares e situações de formas absolutas.

        Na família, no trabalho, na vizinhança, em todas as relações interpessoais, observa-se uma deterioração extrema. Isso gerou e anda gerando desequilíbrios relacionais e circunstanciais. A meta absurda de só angariar valores monetários, econômicos, patrimoniais, fez com que a Humanidade abandonasse uma de suas principais propriedades: a fraternidade.

        A reboque disso, repete-se o já dito, a frieza, a indiferença, a intolerância, a desonestidade, dentre mais algumas negatividades comportamentais, estão em pleno vigor nesses tempos modernos. Para alguns, os religiosos, isto já era e estava previsto de acontecer. Eles dizem ser os finais dos tempos, bem como a concretização do Apocalipse.

         Se estão certos ou equivocados, só o tempo mostrará tal desfecho. Então, para vê-lo, será necessário continuar vivo. Mesmo que aos trancos e barrancos. E quem sobreviver terá a resposta.

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