Em meio a tantas coisas desagradáveis que acontecem nesse nosso cotidiano, vez ou outra é bom sair pela tangente e desviar-se disso tudo que está por aí à nossa disposição, em se tratando de ocorrências pesadas que só nos trazem contrariedade, sofrimento e dissabores.
Aí lembrei-me de uma frase muito conhecida de todos, qual seja: "Eu não costumo ver novelas". E quem a pronuncia o faz de forma conotativa de desprezo ou pouco caso com as mesmas. Isso é muito natural. Ou quase.
Realmente as novelas atuais estão explorando temas muito discutíveis e desagradáveis, fazendo com que as pessoas percam a esperança em dias melhores. E eu, como não vejo novelas, ontem, no intervalo de outro programa que assistia, durante esse tempo zapeei no controle remoto para distrair-me enquanto o espaço comercial se dava.
E foi assim que deparei-me no SBT com a novela "As Chiquititas". Onde, naquele episódio que passava na TV, observava-se as estrepolias de uns garotos que fazem parte da trama, que faziam um ato de arremeter uma bexiga cheia de uma substância líquida vermelha em outros garotos, seus adversários, mas que a mesma atingiu, sim, foi a dona do orfanato onde aqueles viviam, manchando-a com a substância vermelha da bexiga atirada por eles através de uma atiradeira gigante que montaram nas grades do muro do orfanato.
E tal ação remeteu-me aos meus tempos de guri, lá pelos 13/14 anos de idade, quando morava num bairro distante do centro da cidade do Rio de Janeiro, Anchieta. Isso girava lá pelos idos de 1965 ou 1966, quando fomos morar lá, num terreno grande e espaçoso, mas que as ruas do bairro, em sua maioria, eram de barro, sem calçamento asfaltado, o que era comum naquela região e época.
E defronte de nossa casa havia um terrenão que ocupava o quarteirão inteiro do lugar, onde seus moradores criavam várias cabeças de gado. E bem no meio desse lugar havia as instalações de um curral coberto com folhas de zinco, para proteção dos respectivos animais que ali viviam.
E eu, juntando-me com um irmão e outro "amiguinho", montamos também um estilingue gigante, contando com um carrinho de madeira fabricado por nosso pai para transporte de terra adubada para o terreno em que vivíamos, que servia para melhorar a qualidade das plantas e hortaliças que cultivávamos ali.
Para isso, peguei uma câmara de ar de bicicleta, cortando-a ao comprido, fazendo os dois elásticos de uma atiradeira, amarradas nos corrimãos do carrinho de madeira que colocamos em pé para dar posição na feitura da atiradeira gigante que montamos.
E qual era o fim dessa brincadeira? Simples. Atirar pedras grandes na direção do telhado de zinco do curral daquele terreno, com o fim de se divertir com o barulho que as pedras causariam quando atiradas e alcançando as respetivas folhas de zinco.
E após duas ou três tentativas, encontramos a mira correta do percurso das pedras atiradas pela atiradeira gigante que havíamos criado. E estas foram certeiras atingir o alvo previsto e premeditado por nós.
Então, com o lançamento de quatro ou cinco pedras, acertávamos o telhado do curral e causávamos uma barulheira infernal para os moradores da casa do citado terreno defronte ao nosso. E nos escondíamos, sem permitir que ninguém nos descobrissem.
E a dona do terreno, uma senhora já de idade avançada, saiu do interior da casa para procurar o autor do barulho no telhado de zinco do curral. E chegou até perto da cerca de arame farpado do terrenão, já quase diante do nosso terreno. Mas mesmo olhando em direção à nossa casa, não viu e nem percebeu nada do que fazíamos ali, haja vista que nós nos escondíamos com segurança.
Óbvio é que foi um episódio que deixou a senhora muito contrariada e revoltada. Mas que ela não conseguiu descobrir os autores da brincadeira. E, lógico, nós nos divertíamos às pampas, como era comum tal linguajar nessas situações. E isso não passou de travessuras de crianças se divertindo. Mesmo que causassem sérios dissabores em adultos.
Hoje em dia as crianças se divertem de outro modo. A parafernália eletrônica está aí, mesmo, à disposição delas. Mas garanto que em nosso tempo de criança, as brincadeiras eram muito mais alegres e divertidas. E só quem as viveu pode promover tais comparações. Mas os tempos são outros. E, como dizem por aí: "Tempos bons que não voltam mais". E é só se confortar com isso, com as recordações daqueles ótimos tempos.
Mais nada.
*Em tempo: Esse negócio de dizer que não vê novelas é puro papo-furado. Vai se ficando velho e muda-se o comportamento. Assisto a novela das Chiquititas, sim. E a indico para todos. Principalmente para os meninos e meninas de hoje. Vale a pena assistir. É de uma pureza que já não se observa quase mais nos dias de hoje.
Aí lembrei-me de uma frase muito conhecida de todos, qual seja: "Eu não costumo ver novelas". E quem a pronuncia o faz de forma conotativa de desprezo ou pouco caso com as mesmas. Isso é muito natural. Ou quase.
Realmente as novelas atuais estão explorando temas muito discutíveis e desagradáveis, fazendo com que as pessoas percam a esperança em dias melhores. E eu, como não vejo novelas, ontem, no intervalo de outro programa que assistia, durante esse tempo zapeei no controle remoto para distrair-me enquanto o espaço comercial se dava.
E foi assim que deparei-me no SBT com a novela "As Chiquititas". Onde, naquele episódio que passava na TV, observava-se as estrepolias de uns garotos que fazem parte da trama, que faziam um ato de arremeter uma bexiga cheia de uma substância líquida vermelha em outros garotos, seus adversários, mas que a mesma atingiu, sim, foi a dona do orfanato onde aqueles viviam, manchando-a com a substância vermelha da bexiga atirada por eles através de uma atiradeira gigante que montaram nas grades do muro do orfanato.
E tal ação remeteu-me aos meus tempos de guri, lá pelos 13/14 anos de idade, quando morava num bairro distante do centro da cidade do Rio de Janeiro, Anchieta. Isso girava lá pelos idos de 1965 ou 1966, quando fomos morar lá, num terreno grande e espaçoso, mas que as ruas do bairro, em sua maioria, eram de barro, sem calçamento asfaltado, o que era comum naquela região e época.
E defronte de nossa casa havia um terrenão que ocupava o quarteirão inteiro do lugar, onde seus moradores criavam várias cabeças de gado. E bem no meio desse lugar havia as instalações de um curral coberto com folhas de zinco, para proteção dos respectivos animais que ali viviam.
E eu, juntando-me com um irmão e outro "amiguinho", montamos também um estilingue gigante, contando com um carrinho de madeira fabricado por nosso pai para transporte de terra adubada para o terreno em que vivíamos, que servia para melhorar a qualidade das plantas e hortaliças que cultivávamos ali.
Para isso, peguei uma câmara de ar de bicicleta, cortando-a ao comprido, fazendo os dois elásticos de uma atiradeira, amarradas nos corrimãos do carrinho de madeira que colocamos em pé para dar posição na feitura da atiradeira gigante que montamos.
E qual era o fim dessa brincadeira? Simples. Atirar pedras grandes na direção do telhado de zinco do curral daquele terreno, com o fim de se divertir com o barulho que as pedras causariam quando atiradas e alcançando as respetivas folhas de zinco.
E após duas ou três tentativas, encontramos a mira correta do percurso das pedras atiradas pela atiradeira gigante que havíamos criado. E estas foram certeiras atingir o alvo previsto e premeditado por nós.
Então, com o lançamento de quatro ou cinco pedras, acertávamos o telhado do curral e causávamos uma barulheira infernal para os moradores da casa do citado terreno defronte ao nosso. E nos escondíamos, sem permitir que ninguém nos descobrissem.
E a dona do terreno, uma senhora já de idade avançada, saiu do interior da casa para procurar o autor do barulho no telhado de zinco do curral. E chegou até perto da cerca de arame farpado do terrenão, já quase diante do nosso terreno. Mas mesmo olhando em direção à nossa casa, não viu e nem percebeu nada do que fazíamos ali, haja vista que nós nos escondíamos com segurança.
Óbvio é que foi um episódio que deixou a senhora muito contrariada e revoltada. Mas que ela não conseguiu descobrir os autores da brincadeira. E, lógico, nós nos divertíamos às pampas, como era comum tal linguajar nessas situações. E isso não passou de travessuras de crianças se divertindo. Mesmo que causassem sérios dissabores em adultos.
Hoje em dia as crianças se divertem de outro modo. A parafernália eletrônica está aí, mesmo, à disposição delas. Mas garanto que em nosso tempo de criança, as brincadeiras eram muito mais alegres e divertidas. E só quem as viveu pode promover tais comparações. Mas os tempos são outros. E, como dizem por aí: "Tempos bons que não voltam mais". E é só se confortar com isso, com as recordações daqueles ótimos tempos.
Mais nada.
*Em tempo: Esse negócio de dizer que não vê novelas é puro papo-furado. Vai se ficando velho e muda-se o comportamento. Assisto a novela das Chiquititas, sim. E a indico para todos. Principalmente para os meninos e meninas de hoje. Vale a pena assistir. É de uma pureza que já não se observa quase mais nos dias de hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário