É elementar que para quem escreve alguma coisa em qualquer lugar, o assunto de hoje, obrigatoriamente será, ainda, sobre as Olimpíadas de 2016, realizadas na cidade do Rio de Janeiro, neste mês de Agosto de 2016.
Por certo, a maioria das matérias tecerá loas a tal evento, falando e dizendo mil maravilhas a respeito dele. Óbvio também que outras, em menor quantidade, tentará expor todas as mazelas pertinentes a isso. Até aí muito bem. E desde já, para quem já leu vários artigos neste espaço, percebeu que estou entre esse último grupo.
Mas não se pode deixar é de prestar atenção em vários aspectos envolvendo esse assunto. Porque muita coisa é distorcida nele e sobre ele. Para o bem e/ou para o mal. Cai-se no pecado da falta de razão. Num caso e noutro.
Sob o aspecto da realização desse evento e seu sucesso final, isto é coisa inquestionável. Porque tudo realizou-se dentro do previsto e uma ou outra circunstância ruim se deu, mas nada que possa abalar tal realização. A findar pelo grande papelão perpetrado pelos nadadores americanos.
Mas observo com muito apuro a um assunto que me desperta espanto e, às vezes, contrariedade. É o fato do oportunismo emocional. E seja lá o que isso queira dizer, mas todos bem o sabem, refiro-me ao trato da imprensa, principalmente, com relação às situações dos atletas dessas olimpíadas. E principalmente no caso dos brasileiros.
De um modo geral, esses atletas são uns privilegiados, sim. E por mais que se queira colocá-los em pedestais, nas vitórias e nas derrotas, deve se observar um mínimo de critério e equilíbrio nessas análises. Porque costumam pegar casos isolados para transformá-los em regras, como se os mesmos merecessem, mesmo, tais homenagens. Pelo menos da forma exagerada como fazem.
No caso de alguns atletas que alcançaram medalhas - de bronze, prata ou ouro - isso é a contingência natural de quem está competindo. E o resultado final vitorioso, é fruto do trabalho e do esforço de cada um dos envolvidos. Mas isso não quer dizer que seja uma façanha hercúlea, ou algo parecido. Porque, desde que um atleta o resolve ser, naturalmente que sabe de todas as nuances que envolvem esse âmbito.
E em nosso país vivem dizendo que o Governo não investe no desenvolvimento do esporte no país, o que não representa a verdade dos fatos, e a realização dessa olimpíada bem pode contrariar essas alegações. O que foi investido nessa Olimpíada, são valores extraordinários, sob quaisquer análises.
Sem contar que grandes patrocinares investem pesado numa série de modalidade esportiva.
Mas aí cairemos num ponto muito crucial, que é o da exploração emocional por parte das mídias. E é exatamente isso que é realizado no país, quiçá no mundo, tentando ludibriar as pessoas ingênuas, que são muitas, transformando esses atletas em super pessoas, o que não representa a verdadeira situação. Eles são pessoas normais, e até a grande maioria é muito limitada em se tratando do cotidiano profissional, haja vista que a primeira coisa que fizeram, quando escolheram o esporte, foi correr da responsabilidade laboral diária, que é o que acontece com uma pessoa comum.
Para se verificar um fato, é só pegar o número de atletas no mundo, compará-lo com a população total desse mesmo mundo. Verificaremos que tal percentual é baixíssimo, se comparado ao total de habitantes no planeta. E é assim que as distorções podem ser verificadas facilmente.
E não venham com a alegação de que essa gente é especial, refiro-me à maioria. Porque não o são. Apenas uns raros se destacam no geral. E o percentual desses vencedores é ainda muito insignificante se comparado com a população mundial, repita-se. Até aí, tudo bem.
Mas suponhamos que um desses atletas famosos tivesse enveredado pelo caminho da maioria das pessoas no mundo. Levantasse cedo, embarcasse num coletivo lotado, fosse para o trabalho enfrentar uma jornada de oito horas, aturando patrão e colegas, e ganhar um salário baixo, que é o que acontece com grande parte da população normal.
E pegando-se um método usado nas escolas pelos professores, em atribuir as notas dos alunos nas diversas disciplinas que estudam e que praticam um cálculo conhecido por 'peso', onde há variação no valor diferente entre certas matérias, também nessa situação com o esporte, deveria usar-se tal metodologia, para não permitir que um trabalhador comum no país, seja colocado em plano inferior aos atletas.
Lastimável é ver um grande número de pessoas se deixar levar pela exploração midiática, que explora sem limites o aspecto emocional/sentimental. E isto Freud explicaria com facilidade. É o famoso calcanhar de Aquiles da humanidade. E vemos isso ser praticado por muitos comunicadores/apresentadores de certos programas na televisão. Em geral as pessoas gostam do coitadinho.
Mas num outro aspecto, um atleta que viveu sempre obscuro, mas que por um golpe de sorte, consegue alcançar um resultado altamente positivo numa determinada competição, a partir dali passa a ser um grande herói. E vai virar ícone eternamente, emitindo opiniões e conceitos para todos, mesmo não possuindo condições para tal. É isso o que acontece.
Ora, devagar com a carruagem porque o santo é de barro, diz um ditado popular. Uma pessoa para alcançar um determinado grau na vida, deve ter mais do que um simples resultado favorável nela. E o nosso cotidiano nos mostra uma série de absurdos envolvendo certas celebridades. Passam ridículos, envolvem-se em imbróglios na polícia e na justiça, pagam mico através da imprensa. E vai por aí...
Enfim, as Olimpíadas acabaram. Tudo correu muito bem. Os terroristas não causaram nenhum mal. Os resultados alcançados não chegaram a atender às expectativas dos responsáveis, mas a festa foi muito bonita sim e a população conseguiu esquecer seus problemas diários durante as competições Agora é voltar ao famoso feijão com arroz.
Daí que o nosso cotidiano voltará ao normal. Mas nada nessa terra é normal. Voltaremos, sim, a conviver com os absurdos. Mesmo que nos tenham prometido deixar certos legados, só os observaremos positivamente daqui um certo tempo. É aguardar para ver seus resultados.
Por certo, a maioria das matérias tecerá loas a tal evento, falando e dizendo mil maravilhas a respeito dele. Óbvio também que outras, em menor quantidade, tentará expor todas as mazelas pertinentes a isso. Até aí muito bem. E desde já, para quem já leu vários artigos neste espaço, percebeu que estou entre esse último grupo.
Mas não se pode deixar é de prestar atenção em vários aspectos envolvendo esse assunto. Porque muita coisa é distorcida nele e sobre ele. Para o bem e/ou para o mal. Cai-se no pecado da falta de razão. Num caso e noutro.
Sob o aspecto da realização desse evento e seu sucesso final, isto é coisa inquestionável. Porque tudo realizou-se dentro do previsto e uma ou outra circunstância ruim se deu, mas nada que possa abalar tal realização. A findar pelo grande papelão perpetrado pelos nadadores americanos.
Mas observo com muito apuro a um assunto que me desperta espanto e, às vezes, contrariedade. É o fato do oportunismo emocional. E seja lá o que isso queira dizer, mas todos bem o sabem, refiro-me ao trato da imprensa, principalmente, com relação às situações dos atletas dessas olimpíadas. E principalmente no caso dos brasileiros.
De um modo geral, esses atletas são uns privilegiados, sim. E por mais que se queira colocá-los em pedestais, nas vitórias e nas derrotas, deve se observar um mínimo de critério e equilíbrio nessas análises. Porque costumam pegar casos isolados para transformá-los em regras, como se os mesmos merecessem, mesmo, tais homenagens. Pelo menos da forma exagerada como fazem.
No caso de alguns atletas que alcançaram medalhas - de bronze, prata ou ouro - isso é a contingência natural de quem está competindo. E o resultado final vitorioso, é fruto do trabalho e do esforço de cada um dos envolvidos. Mas isso não quer dizer que seja uma façanha hercúlea, ou algo parecido. Porque, desde que um atleta o resolve ser, naturalmente que sabe de todas as nuances que envolvem esse âmbito.
E em nosso país vivem dizendo que o Governo não investe no desenvolvimento do esporte no país, o que não representa a verdade dos fatos, e a realização dessa olimpíada bem pode contrariar essas alegações. O que foi investido nessa Olimpíada, são valores extraordinários, sob quaisquer análises.
Sem contar que grandes patrocinares investem pesado numa série de modalidade esportiva.
Mas aí cairemos num ponto muito crucial, que é o da exploração emocional por parte das mídias. E é exatamente isso que é realizado no país, quiçá no mundo, tentando ludibriar as pessoas ingênuas, que são muitas, transformando esses atletas em super pessoas, o que não representa a verdadeira situação. Eles são pessoas normais, e até a grande maioria é muito limitada em se tratando do cotidiano profissional, haja vista que a primeira coisa que fizeram, quando escolheram o esporte, foi correr da responsabilidade laboral diária, que é o que acontece com uma pessoa comum.
Para se verificar um fato, é só pegar o número de atletas no mundo, compará-lo com a população total desse mesmo mundo. Verificaremos que tal percentual é baixíssimo, se comparado ao total de habitantes no planeta. E é assim que as distorções podem ser verificadas facilmente.
E não venham com a alegação de que essa gente é especial, refiro-me à maioria. Porque não o são. Apenas uns raros se destacam no geral. E o percentual desses vencedores é ainda muito insignificante se comparado com a população mundial, repita-se. Até aí, tudo bem.
Mas suponhamos que um desses atletas famosos tivesse enveredado pelo caminho da maioria das pessoas no mundo. Levantasse cedo, embarcasse num coletivo lotado, fosse para o trabalho enfrentar uma jornada de oito horas, aturando patrão e colegas, e ganhar um salário baixo, que é o que acontece com grande parte da população normal.
E pegando-se um método usado nas escolas pelos professores, em atribuir as notas dos alunos nas diversas disciplinas que estudam e que praticam um cálculo conhecido por 'peso', onde há variação no valor diferente entre certas matérias, também nessa situação com o esporte, deveria usar-se tal metodologia, para não permitir que um trabalhador comum no país, seja colocado em plano inferior aos atletas.
Lastimável é ver um grande número de pessoas se deixar levar pela exploração midiática, que explora sem limites o aspecto emocional/sentimental. E isto Freud explicaria com facilidade. É o famoso calcanhar de Aquiles da humanidade. E vemos isso ser praticado por muitos comunicadores/apresentadores de certos programas na televisão. Em geral as pessoas gostam do coitadinho.
Mas num outro aspecto, um atleta que viveu sempre obscuro, mas que por um golpe de sorte, consegue alcançar um resultado altamente positivo numa determinada competição, a partir dali passa a ser um grande herói. E vai virar ícone eternamente, emitindo opiniões e conceitos para todos, mesmo não possuindo condições para tal. É isso o que acontece.
Ora, devagar com a carruagem porque o santo é de barro, diz um ditado popular. Uma pessoa para alcançar um determinado grau na vida, deve ter mais do que um simples resultado favorável nela. E o nosso cotidiano nos mostra uma série de absurdos envolvendo certas celebridades. Passam ridículos, envolvem-se em imbróglios na polícia e na justiça, pagam mico através da imprensa. E vai por aí...
Enfim, as Olimpíadas acabaram. Tudo correu muito bem. Os terroristas não causaram nenhum mal. Os resultados alcançados não chegaram a atender às expectativas dos responsáveis, mas a festa foi muito bonita sim e a população conseguiu esquecer seus problemas diários durante as competições Agora é voltar ao famoso feijão com arroz.
Daí que o nosso cotidiano voltará ao normal. Mas nada nessa terra é normal. Voltaremos, sim, a conviver com os absurdos. Mesmo que nos tenham prometido deixar certos legados, só os observaremos positivamente daqui um certo tempo. É aguardar para ver seus resultados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário