E lá se foi o Natal.
Agora iremos começar a contagem para a passagem de ano. 2017 já está na porta, faltando poucos dias para iniciar-se. E, com ele, novas expectativas de vida. Muitas esperanças e o desejo de que tudo seja melhor do que o ano que está se encerrando.
Para os já de idade avançada, como eu, tais expectativas já não são lá essas coisas. Porque aprendemos durante a vida que ela é do jeito que é e não do jeito que queremos que fosse ou que seja. Com algumas variações. às vezes para melhor, outras não.
Lá pela metade do século passado, uma década depois disso, tudo era diferente dos dias atuais. E muito, se querem saber. A criançada, de certo modo, era mais feliz, sim. E não havia esse aparato tecnológico, que desenvolveu os brinquedos de uma forma assustadora, a ponto de tornar muitos adultos, criança, de novo. Porque é muito comum ver-se certos barbudões, brincarem com os brinquedos das criança, também de seus filhos.
E os brinquedos daquelas épocas, eram coisas simples. No máximo, quando adiantados, eram mecânicos, até porque a eletrônica estava se desenvolvendo em nosso país, a partir de então. Mas hoje, nesses dias modernos, a garotada tem ao seu dispor, verdadeiras maravilhas. A começar pelo computador, que dispõe de jogos eletrônicos extraordinários.
Mas não pensem vocês mais jovens que éramos infelizes por isso. Até pelo contrário. Grande parte das brincadeiras e dos brinquedos, nós os criávamos. E dependiam de nós, diretamente. E haviam coisas individuais e coletivas. Aí dependia de cada um em quê e com o quê se envolver e brincar.
Mas o fato mais interessante daquelas épocas que envolviam as crianças, era com o Papai Noel. E ele era quase que uma unanimidade entre a meninada. Todos acreditavam piamente em sua existência, sendo que os pais daquelas épocas, faziam questão de manter tal tradição. E assim, muitos de nós vivemos tempos adoráveis e sublimes. Dos mais ricos aos mais pobres. Porque as crianças de origens humildes, quase sempre eram beneficiadas por uma ou outra família mais abastada com as quais viviam proximamente.
E foi assim que eu e meus irmãos tivemos ótimos natais, recebendo presentes de Papai Noel todo ano. Além da famosa cartinha ao velhinho, era fundamental colocar-se o sapatinho na janela na noite anterior. Porque no dia seguinte, lá estaria o presentinho tão esperado por todos.
Mas com o passar dos tempos, certas mudanças aconteceram. E as pessoas também mudaram. Esqueceram de seguir os passos daqueles que viveram naqueles tempos, onde a magia fazia parte das nossas vidas. E só sabe disso quem os viveu. Porque hoje em dia, tiraram das criancinhas essa possibilidade.
Assim, do mesmo jeito que elas já não acreditam na cegonha, também já não acreditam no Papai Noel. A realidade a que estão submetidas, hoje, é dura, cruel, perversa. E aí todos ficam se perguntando por quê o mundo está assim, tão violento?
É óbvio que todos sabem tais respostas. Mas a desfaçatez, em grande parte delas é automática. Elas sabem o quê mudou e por quê mudou. Mas se querem saber, mesmo assim, não custa nada reforçar: a individualidade, a ganância, a frieza e a indiferença com o semelhante, são as propriedades maiores dessas mudanças.
Mas é importante ressaltar que uma outra propriedade também está fora do nosso cotidiano: o respeito a tudo e a todos. E como doravante, a cada dia que passar, mais a inteligência artificial tomará conta de tudo e de todos, as perspectivas futuras para os humanos será uma só: ficar em plano inferior à máquina. E já há certo tempo que esse processo se iniciou. Só que a humanidade não deu fé disso, bem como não o dará. E aí, o Natal nem será mais lembrado por ninguém. É aguardar para ver isso acontecer.
*Em tempo: só a indústria e o comércio é que se lembrarão do Natal. Afinal, a mercantilização é a sua base de sustentação.
Agora iremos começar a contagem para a passagem de ano. 2017 já está na porta, faltando poucos dias para iniciar-se. E, com ele, novas expectativas de vida. Muitas esperanças e o desejo de que tudo seja melhor do que o ano que está se encerrando.
Para os já de idade avançada, como eu, tais expectativas já não são lá essas coisas. Porque aprendemos durante a vida que ela é do jeito que é e não do jeito que queremos que fosse ou que seja. Com algumas variações. às vezes para melhor, outras não.
Lá pela metade do século passado, uma década depois disso, tudo era diferente dos dias atuais. E muito, se querem saber. A criançada, de certo modo, era mais feliz, sim. E não havia esse aparato tecnológico, que desenvolveu os brinquedos de uma forma assustadora, a ponto de tornar muitos adultos, criança, de novo. Porque é muito comum ver-se certos barbudões, brincarem com os brinquedos das criança, também de seus filhos.
E os brinquedos daquelas épocas, eram coisas simples. No máximo, quando adiantados, eram mecânicos, até porque a eletrônica estava se desenvolvendo em nosso país, a partir de então. Mas hoje, nesses dias modernos, a garotada tem ao seu dispor, verdadeiras maravilhas. A começar pelo computador, que dispõe de jogos eletrônicos extraordinários.
Mas não pensem vocês mais jovens que éramos infelizes por isso. Até pelo contrário. Grande parte das brincadeiras e dos brinquedos, nós os criávamos. E dependiam de nós, diretamente. E haviam coisas individuais e coletivas. Aí dependia de cada um em quê e com o quê se envolver e brincar.
Mas o fato mais interessante daquelas épocas que envolviam as crianças, era com o Papai Noel. E ele era quase que uma unanimidade entre a meninada. Todos acreditavam piamente em sua existência, sendo que os pais daquelas épocas, faziam questão de manter tal tradição. E assim, muitos de nós vivemos tempos adoráveis e sublimes. Dos mais ricos aos mais pobres. Porque as crianças de origens humildes, quase sempre eram beneficiadas por uma ou outra família mais abastada com as quais viviam proximamente.
E foi assim que eu e meus irmãos tivemos ótimos natais, recebendo presentes de Papai Noel todo ano. Além da famosa cartinha ao velhinho, era fundamental colocar-se o sapatinho na janela na noite anterior. Porque no dia seguinte, lá estaria o presentinho tão esperado por todos.
Mas com o passar dos tempos, certas mudanças aconteceram. E as pessoas também mudaram. Esqueceram de seguir os passos daqueles que viveram naqueles tempos, onde a magia fazia parte das nossas vidas. E só sabe disso quem os viveu. Porque hoje em dia, tiraram das criancinhas essa possibilidade.
Assim, do mesmo jeito que elas já não acreditam na cegonha, também já não acreditam no Papai Noel. A realidade a que estão submetidas, hoje, é dura, cruel, perversa. E aí todos ficam se perguntando por quê o mundo está assim, tão violento?
É óbvio que todos sabem tais respostas. Mas a desfaçatez, em grande parte delas é automática. Elas sabem o quê mudou e por quê mudou. Mas se querem saber, mesmo assim, não custa nada reforçar: a individualidade, a ganância, a frieza e a indiferença com o semelhante, são as propriedades maiores dessas mudanças.
Mas é importante ressaltar que uma outra propriedade também está fora do nosso cotidiano: o respeito a tudo e a todos. E como doravante, a cada dia que passar, mais a inteligência artificial tomará conta de tudo e de todos, as perspectivas futuras para os humanos será uma só: ficar em plano inferior à máquina. E já há certo tempo que esse processo se iniciou. Só que a humanidade não deu fé disso, bem como não o dará. E aí, o Natal nem será mais lembrado por ninguém. É aguardar para ver isso acontecer.
*Em tempo: só a indústria e o comércio é que se lembrarão do Natal. Afinal, a mercantilização é a sua base de sustentação.
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