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sábado, 10 de dezembro de 2016

UMA DICOTOMIA DE ASSUSTAR

   Pegando o mote da matéria anterior, sobre a falência do país, o Brasil, pode-se acrescentar uma série de coisas a esse respeito. E a primeira delas tem a ver com o nosso descobrimento pelos portugueses em 1500, quando veio para cá, segundo historiadores afirmam, muitas naus repletas do que era de pior que existia lá em Portugal. Daí que, a sabedoria popular diz: "pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto". E é assim que carregaremos essa sina até o final da vida e de existência desse país.
    Mas é claro que não se pode atribuir todas as mazelas a Portugal. Pelo tempo que esta nação existe, 516 anos, já era tempo suficiente para desvincular-se de tudo aquilo que lhe foi imposto pelo descobrimento. E os Estados Unidos estão lá para corroborar tal assertiva. Também passou pelos mesmos problemas que o nosso país, diga-se, mas que avançou de forma veloz e construtiva, a ponto de tornar-se a maior potência mundial.
    E os especialistas das diversas áreas que abrangem existência, comportamento e ações humanas, já teriam que explicar o porquê desses revertérios todos que nos acometem, bem como persistem em existir aqui em nossa pátria.
    Mas não se precisa ser especialista em coisa alguma, ou nenhuma, para saber que os fatores principais de todas as nossas mazelas, podemos atribuir às duas irmãs siamesas que nos afligem diuturnamente: A corrupção e a impunidade. E o âmbito politico brasileiro está aí, mesmo, para corroborar tal circunstância.
    Este estágio de coisas absurdas em que se encontra a nossa nação, alcançou patamares estratosféricos. E será muito difícil o país desvencilhar-se dele. Pelo menos de forma simples e tranquila. Até pelo contrário, também sem necessidade de ser especialista em mais alguma coisa, pode-se muito bem deduzir que para que a solução venha, deverá haver aqui situações pesadas, nefastas e até sangrentas.
    Do que se pode muito bem observar em nosso cotidiano tupiniquim, é fácil perceber que há envolvimento de muita gente nessa mixórdia. E quem está nela, não quererá sair de forma tranquila e serena, perdendo todas as suas boquinhas.
    Ao mesmo tempo, quando se diz que somos todos iguais no país, exercita-se o que se pode chamar de pura desfaçatez. Porque ninguém aqui é igual ao outro, até muito pelo contrário. Há os protegidos, os apaniguados e os diferenciados. O que é um tremendo absurdo.
    Assim é que se isso não for mudado e eliminado, o país também não sofrerá nenhuma mudança estrutural e conjuntural, que possa aprumar seu rumo e seguir em frente dentro da justiça e da moralidade, coisas que andam faltando de forma profunda no Brasil.
    Daí que é cair numa verdadeira dicotomia. Para um lado, continuaremos com a imundície profunda e perene que nos assola há 516 anos; já pelo outro, teremos que partir para embates e combates profundos e rigorosos. A ponto de corrermos riscos enormes, principalmente o da própria vida. É só deixar o tempo passar e quem viver, verá.

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