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sábado, 19 de maio de 2018

O PERDÃO

O perdão:

     Fui pegar no site da Wikipédia uma descrição e um sentido do que seja "perdão":  "O perdão não é um ato. É um processo mental ou espiritual que tem por objetivo cessar o ressentimento tóxico (dentre eles, o principal é a raiva) contra outra pessoa ou contra si mesmo, decorrente de uma ofensa percebida, por diferenças, erros ou fracassos. Trata-se de uma habilidade que precisa de treino."

     Oras, sem sombra de dúvidas que é um assunto da mais alta complexidade. Isto porque apresenta nuances ao extremo. E, claro, sempre se estará sujeito a mil e uma divagações. E quase sempre tem uma conotação religiosa, partindo do princípio da existência de uma entidade divina, Deus, e seus planos existenciais santificados.
     Mas temos que buscar análises mais profundas a respeito. E a primeira delas é no sentido de que alguém possa sentir-se livre de suas más ações, a partir de uma simples afirmação daquele que foi leve ou profundamente atingido por este, recebendo uma carga enorme de ações negativas e até nefastas, causando-lhe sérios prejuízos.
    É de uma simplicidade absurda, até, porque alguém que fez tanto mal a um ou a muitos, possa libertar-se da consciência pesada de suas más ações, simplesmente porque alguém lhe afirmou ter-lhe concedido um perdão. Fica tudo apagado em sua vida desregrada, a ponto de lhe conceder a chance de viver de outro modo, se é que isso seja possível.
    É óbvio que em carácter de rara exceção, alguém possa, realmente, limpar sua consciência pelo mal que fez a outrem, Mas é até difícil tal crédito. Porque uma má ação costuma marcar a quem a sofre, de modo mais profundo do que se tenha recebido uma boa. E o causador de maldades, pela inconsciência e frieza que possui, além da ruindade, não terá profundidade suficiente em seu ser, para redimir-se plenamente das más ações perpetradas a alguém ou a alguns.
    E existem inúmeras fábulas, digamos, que exemplificam a respeito desse ato, o perdão, que dão conta da superficialidade dessa ação porque a cicatriz que fica na alma e na consciência do ofendido, provavelmente nunca deixará de existir. Perdoando ou não o ofensor.
    Mas que se deixe a cargo de cada um, expressar o que lhe for possível nesse sentido. Perdoando sinceramente ou não, que consiga vencer tais máculas circunstanciais. Porque seria exigir demais de todos, um único procedimento nesse sentido. 
     
    

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