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segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

DESCALABRO PÚBLICO

   Nesta última Sexta-Feira precisei tratar de um assunto no Detran-RJ, cujo prédio fica bem no centro da cidade do Rio de Janeiro. É um prédio de mais de trinta andares. O atendimento em seu interior pode-se consider como bom.
   No entanto, para quem vai acessar tal prédio, já na calçada em frente dele observa-se um contingente de moças e rapazes, com prospectos propagandísticos de certas empresas que dizem tratar de problemas relativos à complicações dos motoristas que se dirijam ao Detran para resolvê-los.
   Mas o assédio que promovem às pessoas chega ser ultrajante. É um verdadeiro acinte e um abuso. E se alguém se proponha a revelar qual o seu problema a tratar ali, esse pessoal causa uma agitação imensa à tal situação, aterrorizando as pessoas com as prováveis dificuldades que encontrarão na solução de suas situações.
   Já passou da hora de se dar um basta nisso. Até porque eles chegam a causar problema de locomoção aos transeuntes que por ali passam, porque ocupam quase que toda a calçada do prédio.
   É por isso que criaram uma tal afirmação a respeito das repartições públicas brasileiras onde dizem "criar dificuldades pra vender facilidades". E a presença daquela gente ali na calçada defronte do prédio do Detran-RJ passa a impressão disso.
   Óbvio que o cidadão comum é que é o culpado disso, porque se tivesse o devido esclarecimento em buscar informações que necessita direto no interior do prédio, sem dar atenção à essa gente, eles não teriam como continuar ali, pretendendo prestar um serviço que qualquer um pode fazer por conta própria.
   Boa parte das pessoas que são atendidas em repartições públicas brasileiras reclamam desses serviços. E de alguns anos para cá, com a criação de um serviço chamado de "tercerização", onde são contratadas empresas que fazem o serviço que antes servidores públicos faziam, é que é o xis da questão, porque não possuem pessoas com o conhecimento profissional suficiente para uma prestação simples e objetiva ao cidadão comum. Isso sem contar os que entram por "janelas", apaniguados que são por algum político influente.
   Não se sabe quando se poderá ter um serviço público livre dessas coisas. É básico que aquele que se proponha a ser um, tenha a exata consciência de que aquele que está ao lado de fora do balcão de quaisquer repartições públicas é o que possui maior importância entre as partes. Mas isso, infelizmente, é raro acontecer.

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