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sábado, 3 de abril de 2021

BRASIL, A EMBARCAÇÃO À DERIVA

      Praticamente já ao fim do feriado compulsório determinado pelos governos estadual e municipais no Rio de Janeiro, a expectativa de todos é grande, provavelmente, diante dos resultados insuficientes que se apresentaram para tais medidas.

     Infelizmente está nas mãos de gente que não possui a devida capacidade de gerência desse tipo de situação. Segundo se viu na imprensa durante os dias parados, nada mudou. Sendo que, de certa forma, tudo piorou, principalmente o aumento de óbitos derivados dessa doença maligna.

      Mas não se pode deixar passar muitos protestos de pessoas que tiveram seus parentes mortos sendo isto atribuído à covid 19, mas que elas afirmam categoricamente que os óbitos se deram por razões totalmente diferentes das atestadas.

      Viu-se e vê-se nas emissoras de televisão e principalmente nas redes sociais, muita gente indignada com tais tipos de ocorrências. E já passou até da hora das autoridades tomarem a frente de inciativas para apurar rigorosamente esse tipo de situação. Não se pode brincar com um negócio desses e também com o sofrimento de pessoas, assim como de populações inteiras.

       O próprio órgão que representa a classe médica no país já deveria ter buscado verificar a veracidade de todas essas denúncias. Mas parece que até agora ele permanece mudo, surdo, cego e inerte aos acontecimentos que todos tomamos ciência nesse nosso dia a dia.

       A impressão que se tem é a de que estamos vivendo ao Deus dará, e se lá o que isso queira dizer mas todos o sabem. O que representa dizer que o país parece ter se transformado numa terra de ninguém, onde as autoridades, além de omissas, são incompetentes e irresponsáveis.

       A população, coitada, está desnorteada, perdida tal qual um cego no meio de um tiroteio. Também passa um tremendo perrengue quando busca socorro e assistência médica junto aos órgãos de saúde. Tanto os estaduais quanto os municipais. Porque por decisão jurídica foi determinado que o governo federal não trate dessa questão nesse período atual.

      É para se ter a certeza que estamos numa embarcação qualquer em alto mar, sem combustível e com instrumentos de controle dessa mesma embarcação todos danificados, cujo resultado final pode ser que sejamos jogados contra recifes, e a tenhamos destruída, sem que nenhum dos embarcados escapem de afogamento e morte. 

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