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quinta-feira, 5 de julho de 2012

OS TEMPOS DE ONTEM E OS DE HOJE

   Já tive a oportunidade de comentar nesse espaço a dificuldade que é a de se encontrar assunto para criar-se um artigo, sem que se caia naquilo que comumente chamamos de mesmice. Até porque tudo é uma mesmice, mesmo (redundância proposital). Quase sempre estamos dizendo ou fazendo as mesmas coisas e isso é frequente em nosso dia a dia.
    No que tange a escrever num blog também não é muito diferente. Isso só nos faz prestar mais à atenção, para que não caiamos nessa tal de mesmice. Mas, como sabem, é muito difícil tal cuidado. Principalmente se nos referimos ao universo político brasileiro.
    Mas uma das coisas que me chamam à atenção na internet é ver que as possibilidades de se tomar conhecimento de assuntos relevantes e interessantes é muito amplo. Há milhares - quiçá milhões - de sites com conteúdos excelentes. É só a pessoa interessar-se a buscá-los, ao invés de temas indecentes, imorais ou irrelevantes, que é o que mais acontece com uma grande parte dos internautas. 
    No artigo anterior fiz citação a um personagem, Capistrano de Abreu, cuja participação em nossa história foi muito representativa. E, nisso, apeguei-me a outro aspecto importante. É que, naquele tempo, as pessoas possuíam conteúdos morais e culturais mais profundos do que os das pessoas de hoje. Os homens públicos brasileiros tinham um cuidado com suas imagens e não descambavam para os escândalos que vemos hoje nesses mesmos homens públicos modernos.
    Talvez alguém possa alegar que hoje as facilidades dos veículos de comunicação que possuímos, facilite as observações dos comportamentos das pessoas públicas que estão aí expostas e penso que este fator seja concreto, mas os tempos mudaram muito e os comportamentos também. Já tive a oportunidade de dissertar a respeito do que acho ser um dos graves problemas de nossa atualidade: a degradação familiar. Dizem que a família é a base de toda a sustentação de nossas vidas e, talvez, por esse motivo, as regras da vida (ou do como viver) sentiram um baque enorme em sua constituição, proporcionando (ou acarretando) o desequilíbrio social que observamos nesses nossos tempos.
    De qualquer forma, devemos ter sempre em mente os ensinamentos herdados de nossos pais e mestres, lá atrás, no início dessa nossa jornada de vida e que os passemos para as gerações futuras, torcendo para que elas assimilem e absorvam tais lições e, principalmente, as coloquem em prática no seu existir, também.
    Infelizmente, em nosso país, tivemos o dissabor de ver nossa juventude absorver culturas externas que não seguem as premissas do bom ensinamento, assimilando atos distorcidos que prejudicam a essência daquilo que queremos para ela, o que reflete negativamente em toda a sociedade.
    E, aqui, quero chamar à atenção para culturas orientais que seguem suas tradições milenares de forma concentrada, não permitindo que estas sejam esquecidas pelos seus povos e, com isso, preservando os ensinamentos sábios de seus antepassados, também milenares, diferentemente da cultura americana que prega o famoso descartável em tudo o que pratica.
    No fim, o que exponho aqui tem a ver com o que dizem por aí: o povo brasileiro peca no aspecto da cultura...e da educação. 
    Mas ainda dá tempo de reverter tal quadro.

Um comentário:

  1. Considero este tema um tanto quanto eclético, visto que após a tal da "globalização", realmente caímos muma mesmice sem fim. Assisti a pouco tempo atrás uma matéria sobre a juventude no Japão, que não observava mais em seu "nowadays" (Olha eu aí na cultura dos outros), aquele culto aos anciãos como outrora. Logo, esse é um "mal" que não aflige tão somente ao povo brasileiro. Tudo muda o tempo todo no mundo, tanto prá pior, quanto prá mais pior, ou será menos pior?!!! Será que dá tempo?!

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