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segunda-feira, 7 de julho de 2014

NA INTERNET PODE-SE PASSEAR PELA LITERATURA E AFINS. É SÓ QUERER.

     Quando iniciei essa vida de internauta, foi de uma forma muito despretensiosa, seja lá o que isso queira dizer mas penso que todos (ou quase) o saibam. Assim é que criei um email e passei a entrar em sala de bate papo. Também criei uma conta no tal de Orkut, quase cadáver agora, e montei uma rede de "amigos virtuais". Mas também criei comunidades lá.
      Essas manobras são comuns nos costumes dos internautas. E comigo não deveria e nem poderia ser diferente. A única coisa que destoou da maioria foi a seriedade com que me mantive na rede durante todo esse tempo. E a mostra maior disso está na edição dos artigos postados nesse espaço.
       Mas voltando ao início, quando criei uma comunidade no Orkut a nomeei com o pomposo título de: "Eu só converso assunto sério". Isto porque esta verve me é muito forte e atuante. E, em geral, quando converso o faço sempre desse modo e nesse padrão. Óbvio é que não devo agradar a muita gente. Mas fazer o quê? Se nem Jesus Cristo o conseguiu.
       E dessa forma, todas os dias quando entro na Rede, vou navegar por sites de assuntos sérios. Quase sempre. E um dia desses deparei-me com frases de celebridades. E uma delas chamou-me muito à atenção. Pelo conteúdo. E seu autor, Arthur Schopenhauer, possui muitas delas publicadas na internet. Dessas, escolhi uma que publico a seguir:
Schopenhauer
     "Se alguém nota e sente uma grande superioridade intelectual naquele com que fala, então conclui tacitamente e sem consciência clara que este, em igual medida, notará e sentirá a sua inferioridade e a sua limitação. Essa conclusão desperta o ódio, o rancor e a raiva mais amarga". 
       Diante disso, passei a observar com mais apuro as pessoas com as quais converso com certa frequência. Mas mesmo antes já o fazia. Só não sabia o porquê disso. Era quase que um fator inconsciente. Isto porque em muitas das vezes, observei em certos interlocutores com os quais mantive diálogo, um certo desconforto durante tal conversa, bem como até mesmo o desinteresse dele no que era conversado entre nós.
       E abra-se um parentese aqui para esclarecer que nunca tive a intenção de parecer ser um intelectual ou coisa parecida. Apenas sempre fui uma pessoa interessada em tudo e todo o conteúdo que se nos apresenta nessa vida, e desde cedo sempre manifestei interesse em assimilar e absorver tudo aquilo que me foi, é e será possível fazê-lo. Diferentemente de muita gente nessa vida que não dá a mínima atenção para quase nada do que acontece em seu redor.
       E tal frase descobriu-me por completo sobre algumas dificuldades que possuía com certas pessoas, nas interlocuções com várias e diversas, que mantive durante essa minha vida. Isto porque quando se conversa de forma profunda com alguém, é muito e bem provável incorrermos, mesmo que inconscientemente, nessa profunda afirmação de Schopenhauer. É um fato concreto.
       Infelizmente tal circunstância sempre se dará nas relações interpessoais. Mesmo que aconteça de forma velada na reação de alguns, mas o risco que se corre e correrá é muito extenso, sim. Mas não há muito com o que se preocupar, nestes casos. Isto porque o problema se restringirá àqueles que se sentirem menores, seja lá em que circunstâncias forem. E tal fato foge ao controle do outro. Infelizmente, repita-se.

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