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sábado, 14 de fevereiro de 2015

É CARNAVAL: TRABALHAR PARA QUÊ?

     A situação que se viu no centro da cidade, ontem, pode ser considerada atípica. Porque no decorrer da manhã, podia observar-se a ausência daquela população costumeira que vai ali para trabalhar. Mas que muita gente, desde a Quinta-Feira, já buscou sair da cidade por causa dos festejos carnavalescos, comuns nessa área.
      Mas o trânsito ficou de uma forma absurdamente caótica na grande parte do centro da cidade. E o primeiro fato foi observar-se a ausência da maioria dos controladores de trânsito, que por razões desconhecidas (e absurdas) não estavam ali para o desempenho profissional diário, sendo este um dos fatores principais do imbróglio no transito da cidade.
      Para iniciar a complicação, as alegorias das escolas de samba que desfilariam já à noite nesta Sexta-Feira, ocuparam a pista central em direção à praça da Bandeira, limitando o tráfego de veículos apenas na faixa da direita o que, convenhamos, é muito pouco para o volume de tráfego que se dá ali, diariamente.
      E apesar desta situação se dar há muito tempo nesta época, quando o Sr. Brizola criou o tal de Sambódromo, poderia muito bem (ele e sua equipe), prever que isso causaria um tremendo trauma no fluxo de veículos naquela área. Porque é uma área complicada desde há muito tempo, o que sempre causou dificuldades de locomoção da população naquele lugar.
      Mas como sempre acontece, as interferências promovidas pelo pessoal da área de administração pública dessa cidade, quase nunca tem o planejamento e a execução dessas interferências, de modo a não complicar a vida do cidadão comum, que precisa se deslocar de um lado para o outro da cidade. E assim é que quase sempre a bomba só explode na mão deste. 
      E para uma análise mais profunda sobre a construção do Sambódromo, essa gente perdeu uma ótima oportunidade em não tê-lo criado lá para as bandas da Barra da Tijuca. Mais exatamente numa parte do Autódromo, que é uma região localizada em parte da cidade que não atrapalharia a vida de muita gente, como acontece com a localização no centro da cidade. E este espaço fica ocioso uma grande parte do ano e do tempo.


       Com certeza seria o local mais apropriado para aquele tipo de evento. Porque espaço não falta e nem faltaria por lá. Até mesmo para a criação dos barracões das escolas, local onde são criadas e montadas as alegorias que serão usadas nos desfiles das escolas. E como se viu, ocupou-se áreas na periferia do centro da cidade, para uso dessa atividade, o que causa muito contratempo para a população.
       Por fim, já nesta Sexta-Feira, o que ficou mais marcante no centro da cidade foi ver que quase que a totalidade das pessoas que trabalham naquela região, não foram trabalhar. Já enforcaram esse dia, aumentando o feriadão carnavalesco, e só voltarão a fazê-lo na próxima Quinta-feira. Podem aguardar.
       E desta forma vamos vivendo. Os problemas, além de não se resolverem, ainda se complicam e aumentam nesse nosso cotidiano. E, parece, que ninguém quer saber de nada. Principalmente de uma vida normal e serena nesse nosso dia a dia.
       Aí, ficam com raiva quando são comparados ou classificados como um povo atrasado e de terceiro mundo. Durma-se com um barulho desse.

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