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terça-feira, 14 de junho de 2016

"E ONDE ESTÁ O DINHEIRO?"

   Numa outra crônica publicada aqui neste espaço, já manifestei a minha preocupação ao passar próximo do Hospital Pinel, em Botafogo, bem como em outro manicômio qualquer da cidade. Porque já tive, pelo menos, a sensação de estar com os miolos moles, como se diz quando alguém está momentaneamente desequilibrado, ou de vez. E este nem é o meu caso. Mas...
   Daí que, ao passar por esses estabelecimentos, vai que alguém me pegue e coloque lá dentro? Sim, como se eu já estivesse doido, ou quase. E, pelo que posso afiançar, ainda não o estou. Até muito pelo contrário. Estou com o cérebro e a mente em estado de excelência. E é por isso que fico a imaginar tais coisas.
   Os acontecimentos desse nosso cotidiano, estão muito confusos, maltratando a todos, principalmente aos que, como eu, possuem um grau de consciência e evolução, maior do que a média das pessoas possuem. E aqui não vai nenhum exercício de arrogância, pretensão ou prepotência, em querer arvorar-me superior a seja lá quem for.
    Mas do que se vê por aí, pode-se ter a certeza de que grande parte da população brasileira, quiçá mundial, não vem observando aquilo que é necessário observar. E em nosso país, a situação moral alcançou um patamar pra lá de vergonhoso e imoral. E isso não é nem uma opinião de alguém excessivamente pessimista. É, sim, a pura realidade do que anda acontecendo em nossa nação.
    Tudo isso talvez se possa atribuir à complexidade existencial coletiva. A raça humana abandona as coisas simples e expressa e executa as mais complicadas. O reflexo disso se vê na vida comum. Muitas das situações que são criadas, nos trazem mais desgastes do que satisfação. E isso é quase uma rotina entre todos.
    Desde que me entendo por gente, seja lá o que isso queira dizer, mas todos o sabem, sempre procurei agir de modo simples, buscando realizar as ações de forma direta. Saindo fora, exatamente, dessas complexidades E cheguei à conclusão do seguinte: onde há muita complexidade, também há muita chance de se usar subterfúgios. Enfim, aproveitar-se disso ou daquilo, para sempre tirar vantagem de algo ou alguém.
    E num dos exemplos que possam ser colocados aí, pode-se se citar as práticas de zangões. Que são pessoas que fazem serviços a terceiros, quase sempre ligados em assuntos administrativos nas áreas públicas, o que quase sempre acarreta um custo maior para aqueles que fazem uso desse personagem, mas que também dificultam o andamento das ações de outros contribuintes, que encontram dificuldades em quase todos os órgãos que procuram para assuntos seus.
    Mas vê-se certas manobras em muitas da operações que buscamos resolver. E também observa-se em muitos dos agentes públicos, sempre quererem tirar alguma vantagem do cargo e/ou da função que ocupam, formando aquele famoso quadro: "Criar dificuldades pra vender facilidades".
    E não há do quê e nem de quem reclamar. Porque muita gente envereda por esse processo, buscando conseguir facilidades para si. É um tremendo de um círculo vicioso. Mas é uma ação totalmente irregular. Até poder-se-ia dizer imoral. Mas a cultura do brasileiro já adotou isso como o tal de "jeitinho". E, pelo assim, não há quem mude.

    Então, se for alguém tentar mensurar o tanto de dinheiro que corre por fora no país, vai chegar à conclusão de que tal montante é absurdamente grandioso. E tais valores não passam por controle do fisco governamental. Pode ser enquadrado no processo muito conhecido como do caixa dois.
    Mas, infelizmente, sabe-se muito bem o que acontece com o dinheiro que a população paga e recolhe aos cofres públicos mensalmente, com taxas e impostos. Talvez a maior parte deles é desviada por espertalhões, políticos quase sempre. E assim vamos vivendo.
    E encerrando tal assertiva, seria bom que a população se manifestasse de forma objetiva, na atual situação que o país atravessa, com graves dificuldades de honrar seus compromissos, a começar pelas aposentadorias, procurando saber onde foi parar o dinheiro que seria usado para tais compromissos?

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